A Fundação Getulio Vargas (FGV) negou, por meio de nota, que Carlos Alberto Decotteli, escolhido por Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o Ministério da Educação (MEC), tenha sido professor ou pesquisador da instituição.
Segundo a fundação, ele atuou apenas como professor colaborador “nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos”. Em seu currículo, Decotelli aponta ter sido professor na FGV, entre 2001 e 2018, sem especificar o tipo de relação com a instituição, indicando um vínculo efetivo.
Diante das inconsistências apontadas no currículo Lattes, nos últimos dias, a posse do novo ministro, que estava marcada para esta terça-feira (30), foi suspensa. Auxiliares do presidente admitem que a situação do novo ministro da Educação no governo é ‘complicada’ e que sua permanência está em risco. Desde que foi nomeado a ministro, Carlos Alberto Decotelli da Silva teve titulações apresentados em seu currículo desmentidas.
Ainda nesta segunda-feira (30), a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, confirmou em nota que Decotelli não concluiu programa de pós-doutorado pela instituição. “Ele não obteve nenhum título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer nenhuma declaração sobre títulos obtidos no Brasil”.
Na última sexta-feira (26), Franco Bartolacci, reitor da Universidade de Rosário, na Argentina, desmentiu publicamente publicação feita em rede social em que o chefe do executivo, Jair Bolsonaro, afirma doutorado de Decotelli pela instituição.
“Precisamos esclarecer que Carlos Alberto Decotelli da Silva não obteve na Universidade de Rosário, o doutorado mencionado nesta comunicação”, escreveu o reitor. Com informações do jornal O Globo e do site Catraca Livre.