O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi denunciado nesta quinta-feira (23) sob acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral. A ação foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo no âmbito da chamada Lava Jato Eleitoral, um desdobramento da operação no estado.
De acordo com a Promotoria, Alckmin recebeu R$2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes de 2010 e R$9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014. Na semana passada, o ex-governador foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o indiciamento faz parte da segunda fase da chamada “Lava Jato Eleitoral” de São Paulo.
Também foi indiciado o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o ex-assessor de Alckmin Sebastião Eduardo Alves de Castro. O indiciamento teve como base a delação de ex-executivos da Odebrecht, além de análises periciais no sistema de informática da empreiteira, de extratos telefônicos, de conversas pelo aplicativo Skype, de documentos, de ligações telefônicas e também por meio de outras delações.
As penas, segundo a Polícia Federal, vão de 3 a 12 anos de prisão. Agora, caberá aos promotores do Ministério Público de São Paulo responsáveis por ações eleitorais decidir se irão apresentar denúncia contra o ex-governador, pedir novas diligências ou pedir arquivamento do caso. Da Folha de São Paulo.