A Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro apreendeu tapetes de onça e duas cobras em um apartamento no Leblon, bairro nobre da zona sul da capital fluminense. O caso aconteceu na última quinta-feira (30). O dono do imóvel foi preso, em cumprimento de mandado de prisão temporária. A identidade dele não foi revelada pela PF, que também apreendeu celulares e documentos no local. A ação faz parte de uma operação em cinco estados para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de animais silvestres, exóticos e em extinção.
O Ibama analisa se os tapetes são permitidos por lei. Se forem proibidos, será instaurado inquérito policial. O órgão também irá verificar a espécie das cobras apreendidas no imóvel. Na ação, também foi cumprido mandado de busca e apreensão em uma garagem de ônibus em Bonsucesso, zona norte do Rio, que pertence à família do alvo. Entretanto, nada foi encontrado no local. A PF ainda prendeu outros três suspeitos de integrar a quadrilha, que também não tiveram as suas identidades reveladas.
Entre eles, um morador de Macapá (AP), acusado de chefiar uma rede de tráfico internacional de animais exóticos, na maioria dos casos, eram répteis. Com ele, foram apreendidos documentos e mídias digitais, para verificar possíveis registros de negociações. De acordo com a investigação, a comercialização ocorria por meio de grupos formados em redes sociais com pessoas de outros países.
Na noite de quinta, às vésperas da operação, um dos supostos integrantes da quadrilha foi preso em flagrante pela polícia ambiental em Pindamonhangaba (SP) por manter animais silvestres sem autorização. Na residência dele, os policiais apreenderam cobras, tartarugas, lagartos, aranhas, lacraias e escorpiões. Um outro homem foi preso preventivamente em São Paulo.
Espécies em perigo de extinção
Cerca de 40 agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nos estados do Rio, São Paulo, Amapá, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. A ação, conduzida com o apoio de órgãos ambientais, faz parte da terceira fase da Operação Marraquexe, um desdobramento de investigação iniciada em 2018.
Na ocasião, a PF identificou um homem que vendia répteis, alguns trazidos da Venezuela e da Índia. As espécies integram a lista da Convenção de Washington sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção. As informações são do Portal UOL.