A Venezuela anunciou que terá produção própria da vacina russa contra a covid-19, a ‘Sputnik’, para quando chegar a etapa de vacinação em massa. O país também vai participar da terceira fase de testes do imunizante, que envolve ensaios clínicos com testes em 40 mil voluntários. Nesta sexta-feira (2) chegou o primeiro lote da vacina, com duas mil doses.
A Venezuela foi o primeiro país da América Latina a receber a vacina russa para teste. Para produção estão sendo habilitados dois laboratórios farmacêuticos que já produziram vacinas no passado. Segunda a vice-presidenta do país, Delcy Rodríguez, a parceria assinada com o governo da Rússia representa “uma conquista histórica” para um país bloqueado pelos Estados Unidos e mergulhado em uma crise econômica desde 2014.
“Sentimos muita emoção pelo fato da Venezuela ser o primeiro país do hemisfério ocidental em receber a vacina contra o covid-19 para a terceira fase do ensaio clínico. É um dia histórico para nossa pátria”, ressaltou Rodríguez. A vice-presidente disse ainda que o país vai assegurar a quantidade necessária para vacinar toda a população venezuelana.
❗️ Hoy ha llegado a Caracas el primer lote de la vacuna rusa 💉 #SputnikV contra #COVID19, registrada en Rusia y Venezuela, con el fin de realizar pruebas clínicas en el marco de la III fase de ensayos.
🇷🇺🤝🇻🇪 pic.twitter.com/3wI33iKVe4
— EMB₽V_Sergio (@EmbSergio) October 2, 2020
“Vamos garantir o abastecimento e produção de vacina para todo o povo venezuelano”. O diplomata russo, Alexey Seredin, encarregado de negócios da embaixada da Rússia na Venezuela, disse que o governo de Vladimir Putin continuará realizando parcerias e convênios com o governo de Nicolás Maduro.
A Venezuela tem 76 mil casos de covid-19 confirmados 645 mortes causadas pela doença. O número de contágios se estabilizou em uma média de 1 mil diários. Para os tratamentos foram importados medicamentos da China, da Rússia e de Cuba, e a taxa de recuperados é de 87% do total de contágios até o momento. As informações são da Revista Fórum.