Flagrado com dinheiro vivo dentro da cueca, o vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), emprega em seu gabinete Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio, primo dos filhos do presidente. Leo Índio é lotado no gabinete desde abril de 2019. Filho de Rosemeire Nantes Braga Rodrigues, irmã de Rogéria Nantes, mãe dos três filhos políticos de Bolsonaro, Índio foi nomeado com salário bruto de R$14.802,41. Ele foi assessor de Flávio Bolsonaro e é muito próximo do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Ao ser nomeado para o gabinete de Chico Rodrigues, Léo Índio declarou: “Há algumas semanas recebi o convite do senador Chico Rodrigues, a quem admiro há bastante tempo, para compor sua equipe de trabalho. Nossa convivência foi estreitada desde os primórdios da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência, quando o senador pôde constatar algumas das minhas características e a convergência de nossas ideias. Sempre acreditei na meritocracia e no valor do trabalho, verdadeiro fiador das liberdades individuais. A boa política, entretanto, é indissociável de mim desde a infância”.
Eleito para o Senado em 2018, Chico Rodrigues foi nomeado como um dos vice-líderes do governo Bolsonaro na Casa. A Polícia Federal deflagrou na última quarta-feira uma operação para investigar desvios em aplicação de recursos de combate ao coronavírus envolvendo parlamentares. Os investigadores que cumpriam busca e apreensão na residência do senador em Roraima encontraram no local cerca de R$ 30 mil. Parte das notas de dinheiro estaria entre as nádegas. A PF registrou em fotos e vídeos o momento dessa apreensão.
Índio ficou conhecido no meio político pela proximidade com Carlos Bolsonaro, acusado de ser o chefe do gabinete do ódio. O assessor é visto com frequência nos corredores do Palácio do Planalto, mesmo sem ter cargo oficialmente. Em áudios revelados pelo jornal O Globo em outubro de 2019, Fabrício Queiroz ensinava como conseguir cargos públicos no Congresso, caso de Índio que é aliado do clã Bolsonaro.
“Tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada, 20 continho aí para gente caía bem pra c**”, disse Queiroz. Leia mais no site do jornal O Globo…