Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que em 2019 a Bahia possuía, em números absolutos, a maior quantidade de pessoas ‘extremamente pobres’ e a segunda maior de ‘pobres’. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12). De acordo com o IBGE, essas proporções praticamente não se alteraram desde 2016 e davam à Bahia, em 2019, o segundo maior número absoluto de pobres, com seis milhões de pessoas, e o maior número de extremamente pobres do país, que totalizava 1,853 milhão.
Segundo a pesquisa, no ano passado, quatro em cada 10 moradores do estado (40,4% da população) estavam abaixo da linha da pobreza monetária, com renda domiciliar menor que R$428. Além disso, pouco mais de um em cada 10 (12,5%) estava abaixo da linha de extrema pobreza, com renda domiciliar menor que R$148. Entre as capitais, a pesquisa considera Salvador um pouco mais bem posicionada, já que a capital baiana, com a 4ª maior população em geral, tinha em 2019, o 5º maior número absoluto de pessoas abaixo da linha de pobreza monetária: 611 mil, que representa 21,3% da população.
Entretanto, de 2018 para 2019, o número de extremamente pobres teve discreto aumento em Salvador, de 124 mil para 140 mil pessoas (4,9% da população). No Brasil como um todo, em 2019, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza monetária do Banco Mundial – renda domiciliar mensal menor que R$436. Isso representava 24,7% da população do país. Também houve uma discreta redução nesse grupo em relação a 2018, quando 25,3% dos brasileiros estavam abaixo da linha de pobreza (52,5 milhões de pessoas), informa o IBGE.
O instituto explica que o Brasil não tem uma linha oficial de pobreza. Considerando o critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, adotado no acompanhamento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a linha oficial de pobreza é de US$5,50 por dia em paridade de poder de compra. Jornal da Chapada com informações do G1.