O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está em alerta com os ataques hacker aos sistemas federais nas últimas semanas. Isso porque pela primeira vez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será feito de forma online, além do modo presencial.
O exame está previsto para acontecer nos dias 17 e 24 de janeiro na versão tradicional, impressa. A avaliação digital está marcada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
Ao jornal O Globo, o presidente interino e diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais, Camilo Mussi, afirmou que o órgão intensificou monitoramento depois do ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de semana. Por outro lado, o gestor garantiu que o modelo de segurança do Enem é baseado em dados criptografados. Dessa forma, ainda que as provas sejam atacadas, não será possível decodificar as informações em tempo hábil para a avaliação.
“Depois do dia 29, o principal acontecimento envolvendo tecnologia é o Enem digital. A gente está fazendo o máximo para não ter nada. A cada momento estamos nos preparando mais. A responsabilidade do Inep, devido aos acontecimentos que tivemos no início de novembro e nas eleições, aumentou muito”, explicou Mussi, se referindo ao segundo turno das eleições municipais.
Além da criptografia, o sistema usado para o Enem digital tem como característica a conexão à internet apenas no momento de carregar as provas em cada computador. Antes disso, todos os computadores são alvo de um programa que apaga qualquer ferramenta existente na máquina, como calculadoras e outras funcionalidades.
O Inep informou também que tem um servidor específico para rodar as provas, além de reservas. Se houver problemas técnicos no dia do Enem digital, os candidatos poderão trocar de computador durante a avaliação. Se o tempo exceder 15 minutos de falha, poderá ser solicitada reaplicação.