A taxa de desemprego no país subiu e chegou a 14,6% no terceiro trimestre, atingindo 14,1 milhões de pessoas. Esse é o maior índice registrado na série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 1,3 ponto percentual (13,3%). Isso significa que mais 1,3 milhão de pessoas entraram na fila em busca de um trabalho no país.
Entre os estados, a Bahia se superou no quesito desemprego e quebrou recordes negativos no mercado de trabalho, fechando com taxa de desocupação em 20,7%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na última quinta (26), o governo comemorou os dados de emprego do Caged de outubro, com saldo positivo de 394.989 vagas formais. Esses números, porém, consideram apenas empregos com carteira assinada, enquanto a pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta (27) leva em consideração o mercado de trabalho amplo, incluindo informais.
Desemprego sobe em 10 estados e chega a 17,9% no Nordeste
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego subiu em dez estados e ficou estável nos demais. As maiores taxas foram na Bahia (20,7%), em Sergipe (20,3%) e em Alagoas (20%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (6,6%). Os maiores crescimentos da taxa de desocupação foram registrados na Paraíba (4 p.p.), no Amapá (3,8 p.p.) e em Pernambuco (3.8 p.p.).
A taxa de desemprego atingiu o recorde de 17,9% no Nordeste, o maior número entre as regiões do país. O Sul teve a menor taxa entre elas: 9,4%. Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19.