A diretora do Instituto Couto Maia, em Salvador, doutora Ceuci Maia, informou que recebeu do comitê da vacina russa ‘Sputnik V’, um convite para realizar na Bahia testes da fase três da vacina contra a covid-19.
“A gente recebeu convite da vice-presidente do comitê da vacina russa, para participar dos testes da fase 3 da vacina, porque a Anvisa exige, muito corretamente, que sejam feitos testes na população brasileira, porque tem as questões genéticas, de diferenças de populações, para a gente avaliar”, explicou a diretora, segundo informações.
Ainda existem protocolos para realização da testagem, que foram apresentados nesta terça-feira (15), por isso, “estes testes devem começar em breve, claro que tem todo um protocolo que a gente precisa conhecer, uma equipe que a gente precisa estruturar melhor”.
“A gente tinha feito contatos anteriores, de testar mil pessoas, 500 placebos e 500 utilizando as vacinas. Vamos ver nesse momento se esse número vai permanecer ou não, mas esse dado ainda não tenho. Vamos fazer os contatos para nos inteirarmos melhor do protocolo”, informa Ceuci.
O Instituto Couto Maia possui o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Ufba), e a médica afirma ser “dos mais bem estruturados do Brasil, e a gente tem como fazer esses estudos de fase 3″. Ceuci, também explica sobre a necessidade de fazer a testagem da vacina.
“É uma vacina que já está sendo inclusive utilizada na Rússia. É uma vacina com tecnologia também de adenovírus, são dois adenovírus, são duas doses, e semelhante a estrutura da vacina de Oxford, é parecida a tecnologia utilizada, e nós esperamos que vamos contribuir com essa fase 3 no Brasil”, completou.
Segundo portal do G1, o governo da Bahia, em setembro, informou sobre um acordo de confidencialidade com o governo da Rússia para que todas as informações científicas da vacina contra a covid-19 ‘Sputinik V’ sejam repassadas para a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma).
Na prática, o acordo marca um avanço nas negociações entre o país e o estado, que a partir de agora poderá ter acesso à tecnologia usada na produção do imunizante. Jornal da Chapada com informações do G1.