A Operação Faroeste da Polícia Federal (PF) se estende às sexta e sétima fases das investigações e familiares dos investigados viram alvo. A ex-cantora da Timbalada Amanda Santiago, filha da desembargadora, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Maria do Socorro Barreto, presa ano passado, envolvida no esquema de grilagem de terras no oeste do estado, foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF na última segunda-feira (14).
A denúncia partiu do advogado acusado de negociar compras de sentença, Júlio César Cavalcanti, ao Ministério Público, em delação premiada, onde foi relatado pelo advogado a existência de grupos na atuação do esquema. Segundo Júlio, “Orcrim da desembargadora Lígia Cunha”, “Orcrim da desembargadora Ilona Reis”, “Grupo criminoso do desembargador Ivanilton da Silva”, “Orcrim do desembargador Gesivaldo Britto” e o “Orcrim da desembargadora Maria do Socorro”.
Ainda segundo informações, a artista Amanda movimentou mais de R$8 milhões no período das investigações, pelas autoridades, mas declarou apenas, renda de R$1 mil no mesmo período da movimentação bancária. Amanda apresentou, ainda, transferências para sua mãe, Maria do Socorro Barreto, quantias que variavam entre R$25 mil e R$80 mil, na tentativa de neutralizar suposições de possível atividade criminosa.
Citada em investigação, Amanda Santiago diz que vai provar sua inocência e da mãe desembargadora pic.twitter.com/Zawl785gC7
— bnewsvideos (@bnewsvideos) December 15, 2020
Esses valores foram utilizados pela ex-presidente do TJ-BA para efetuar pagamento de um imóvel em Praia do Forte, litoral baiano, apesar da proprietária, Marie Agnês, ter acusado Maria do Socorro de ter se apropriado ilegalmente do imóvel, avaliado em torno de R$2 milhões. A proprietária supõe que o marido tenha vendido a propriedade por valores menores do que , realmente, o imóvel sem autorização de Marie. O valor de uma das parcelas somam R$275 mil, valor quitado pela desembargadora.
As investigações apontam, também, o envolvimento de Amanda com Adailton Maturino, acusado de ser o líder do esquema de venda de sentenças em processos de posse de terras no oeste baiano, e sua esposa, Graciane Maturino em transações financeiras que podem chegar a R$1 milhão, realizando “saques em espécie de R$500 mil, no intuito de dificultar a vinculação criminosa entre os investigados”, segundo Bahia Notícias. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias.