O total de mortes por Covid-19 registradas em janeiro nos cartórios do país foi o maior de toda a pandemia. Os dados do Portal da Transparência do Registro Civil mostram que, no mês passado, houve 30.005 óbitos lavrados nos cartórios brasileiros. O recorde anterior era de julho do ano passado, com 29.723 registros.
Os dois recordes aconteceram nos dois piores momentos da pandemia. Em julho, os diagnósticos positivos da doença dispararam em todo o país. Naquele mês, o Ministério da Saúde registrou o maior número de mortes notificadas em um só dia em toda a pandemia até o momento: 1.524.
Agora, o país enfrenta a chamada segunda onda, com recrudescimento nos totais de vidas perdidas. Ainda assim, o governo Bolsonaro segue sem uma política efetiva para combater as infecções e mesmo para garantir a continuidade da vacinação. Pior: o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou essa disparada, na semana passada, ao dizer que não adiantava “ficar em casa chorando”.
Diferenças
No portal, mantido pela Arpen Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), os registros se baseiam na data de morte dos pacientes. Já os dados do Ministério da Saúde mostram o dia da confirmação da infecção ou da notificação, que muitas vezes demoram mais.
E, a julgar pelos números mais recentes, esse triste ritmo alto de mortes de janeiro ainda não arrefeceu. O consórcio de veículos de imprensa que tabula os dados das secretarias estaduais de saúde registrou neste domingo (14) a maior média diária de mortes da pandemia: 1.105. Há 25 dias, a média tem se mantido acima de mil mortes por dia. No total, o Brasil já perdeu 239.245 mil pessoas para a covid. A redação é da Revista Fórum.