Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) mostram que a quantidade de mortes diárias provocadas pela Covid-19 se mantem em um alto patamar. Por três dias seguidos, o país supera os 1600 óbitos. Nas últimas 24h, foram 1699 brasileiros que perderam a vida para a doença provocada pelo Sars-Cov-2. O país completa três dias de recordes macabros: na terça-feira, foram 1.610 mortes e, na quarta-feira, 1.910.
Com essa sequência devastadora, a média móvel de mortes diárias que leva em conta os últimos 7 dias alcançou 1310, outro recorde. No total, o país já registra 260,9 mil vítimas fatais. Foram 75 mil novos casos confirmados, fazendo a média de casos subir para 57,8 mil. No total, já são 10,79 milhões de infectados.
Jair Bolsonaro
Mesmo com os índices alarmantes, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dar mostras de seu negacionismo. Em discurso feito em Goiás, Bolsonaro classificou o isolamento como “mimimi” e atacou o isolamento social. “Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Nós temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, questionou o presidente. “Vamos combater o vírus, mas não de forma burra”, pregou Bolsonaro, em crítica direta ao lockdown.
O presidente ainda mentiu dizendo que não teria vacinas para comprar. “Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe! Não tem para vender no mundo”, afirmou. Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e deputado federal (PT-SP), foi um dos que reagiu às declarações. “O mundo abriu leitos, fechou as cidades e acelerou a vacinação; Bolsonaro fechou leitos, abriu as cidades e a cada dia cria mais um obstáculo para vacinação”, criticou. A redação é do site da Revista Fórum.