O cooperativismo na Bahia possui relevância econômica e social, ainda em cenário de crise gerado pela pandemia do coronavírus. As cooperativas garantem renda direta a famílias agricultoras, com comercialização de produtos. “Mostramos para os agricultores a importância do cooperativismo, do associativismo, de outro, conseguimos produzir juntos alimentos de qualidade”, ressalta o Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Josias Gomes, por meio de nota de assessoria.
Mercado de frutas desidratadas
A Cooperativa de Pequenos Produtores de Abacaxi (Coopaita), do município de Itaberaba, portal de entrada da Chapada Diamantina, beneficia mais de 300 mil quilos de frutas desidratadas, como jaca e banana, sendo o carro-chefe o abacaxi. No ano passado, a cooperativa registrou um faturamento de R$2,7 milhões. Os produtos estão disponíveis em embalagens de 100 e 250 gramas e 1 quilo. As frutas são produzidas pelas 115 famílias associadas à Coopaita.
Na Coopaita, o governo estadual, por meio do Bahia Produtiva, projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), está investindo R$2 milhões. Os recursos estão sendo aplicados na ampliação e modernização da unidade de beneficiamento para desidratação do abacaxi e em sistema de energia solar. Os agricultores também recebem assistência técnica e extensão rural (Ater).
Milho não transgênicos como diferencial
A Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê), na Chapada Diamantina, é responsável pela produção de Flocão Puro Milho, Mingau de Milho Verde, Mingau Multicereais, Mugunzá e Creme de Milho, reconhecidos por serem os únicos com milho não transgênico do estado.
Com produção de, em média, 75 toneladas de milho por mês e contando com 600 cooperados, a cooperativa faturou, em 2020, R$3 milhões. O Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, está investindo R$ 1,4 milhão na Copirecê, com ações de comunicação visual, embalagens, aquisição de máquinas e equipamentos e assistência técnica e extensão rural (Ater) para os agricultores.
“Enquanto os produtores estão melhorando o produto lá na base e aumentando a produção, a cooperativa cresce na comercialização. Para este ano, a perspectiva é que fechemos o faturamento em R$4,5 milhões”, afirma a representante comercial da Copirecê, Vamary de Jesus, por meio de nota de assessoria.
Jornal da Chapada