O debate sobre a possibilidade do vírus da covid-19 ter escapado de um laboratório chinês, antes de se espalhar, foi aquecido, após divulgação de vídeo que traz imagens mostrando morcegos vivos no que seria o interior do laboratório de Wuhan, uma instalação de segurança máxima, inaugurada em dezembro de 2017.
A criação de morcegos no Instituto de Virologia de Wuhan sempre foi negada por chineses e parceiros científicos do Ocidente. Contudo, o fato pode reforçar a possibilidade de que o vírus da covid-19 não tenha vindo de um animal na natureza, mas sim escapado de um laboratório chinês.
O engenheiro Gilles, francês que mora na Nova Zelândia, faz parte de um grupo virtual chamado ‘Drastic’ – detetives amadores da internet, que investigam as origens do vírus da Covid-19. Foram eles que acharam o vídeo em um site chinês.
“Não é fácil encontrar um vídeo desses, porque o título nem sempre traz as palavras-chave para facilitar a busca. Tem de vasculhar muito, até tropeçar naquilo que interessa”, disse Gilles.
Em 2020, o grupo fez outra descoberta. Em um artigo científico, pesquisadores de Wuhan revelavam ter encontrado, sem explicar direito como, um novo vírus. Foram eles que descobriram que este vírus já tinha aparecido, só que com outro nome, em um outro artigo chinês, e que o vírus tinha sido colhido pelos pesquisadores em uma caverna infestada de morcegos, em 2012.
Caso seja confirmada a teoria de que o vírus tenha vindo do laboratório chinês, há três principais hipóteses sobre o surgimento do Sars-CoV-2. A primeira seria que o vírus veio de um morcego das cavernas já com capacidade de infectar seres humanos. Após coletado por pesquisadores e levado para o laboratório de Wuhan, teria escapado pelo descuido de alguém e se espalhado.
A segunda hipótese é que o vírus do morcego teria sido modificado no laboratório, sofrido mutações, se tornado contagioso para humanos e escapado por acidente. E por fim, a terceira é que o coronavírus teria sido identificado em morcegos e intencionalmente manipulado no laboratório para infectar seres humanos. Novamente, por acidente, ele teria escapado e se espalhado.
O especialista em geopolítica, Jamie Metzel, afirma que o mundo deve exigir investigação detalhada, com acesso total aos registros. “É a pior pandemia do século e não é a China que vai dizer se essa investigação deve, ou não, ser feita”, pontua. Jornal da Chapada com informações de Fantástico.