No Brasil, diversos reservatórios estão se aproximando de atingir o nível mínimo necessário para geração de energia elétrico, visto que o nível continua baixando de forma rápida, principalmente no conjunto de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentra 70% de toda a água armazenada no Brasil.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível médio de água nesses reservatórios está atualmente abaixo de 20%. Uma das mais importantes, que é a de Furnas, tem apenas 16%. Além disso, os reservatórios de Ilha Solteira, Nova Ponte, Marimbondo, Emborcação e Itumbiara estão com nível de água ainda mais baixo.
Local onde a concentração de água nos reservatórios chegar a 10%, é recomendado que seja realizado o desligamento das usinas, pois abaixo do percentual, a operação das turbinas fica comprometida e há o risco de suspensão repentina do fornecimento de energia.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, há uma semana, que a crise energética é ocasionada pela falta de chuva. Ele pediu para a população economizar energia. Contudo, o ex-presidente da Petrobras, Luiz Pinguelli Rosa, criticou a lentidão do governo.
“A crítica que eu faço é que isso demorou, com os indícios de que não estava bem a hidrologia já desde o ano passado. As curvas mostram que a afluência de água já mostrava um declínio e seria prudente que medidas fossem tomadas com antecedência”, pontua.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico está avaliando as condições de algumas usinas que já operam com nível dos reservatórios inferiores 10%. Ainda conforme a pasta, as regras estão sendo flexibilizadas para impedir o esvaziamento de hidrelétricas das regiões Sul e Sudeste, e informou que acionou termelétricas em outubro do ano passado.
No entanto, segundo Roberto Araújo, diretor do Instituto Ilumina, que reúne estudiosos do setor elétrico, “os reservatórios se esvaziam também quando você não tem investimento. O que não é verdade é achar que isso é uma surpresa, que fomos pegos de surpresa, de jeito nenhum”, afirma. Jornal da Chapada com informações de G1, Jornal Nacional.