A rede estadual de ensino teve seis projetos estudantis de iniciação científica selecionados para a 27ª Ciência Jovem – uma das maiores e mais antigas feiras científicas do país, organizada pelo Espaço Ciência, museu vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco. O evento, que vai ocorrer de forma remota, de 10 a 12 de novembro, reunirá 450 projetos de 22 estados e de outros cinco países.
As produções escolares da Bahia abordam temas como Covid-19, robótica educacional e mulheres na Educação, entre outros, e são desenvolvidas no âmbito do Programa Ciência na Escola, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) para fomentar a iniciação científica na Educação Básica.
O Colégio Estadual Wilson Lins, no município de Valente, vai participar com dois trabalhos: ‘E-Covid19: desenvolvimento de aplicativo para dispositivos móveis em código aberto on-line’ e ‘Robotronic: proposta didática de baixo custo para robótica educacional’. “Os projetos dos nossos estudantes nos proporcionam sair do lugar comum, da nossa zona de conforto, enquanto professores, e nos dão a oportunidade de experienciar novas alternativas e formas de aprendizagem baseadas no processo criativo e protagonistas dos nossos estudantes”, destacou o professor orientador Adaltro Araújo.
O projeto ‘E-Covid19’ visou o desenvolvimento de um aplicativo móvel informativo como instrumento de difusão do conhecimento sobre a prevenção contra a doença causada pelo coronavírus para toda a comunidade, como explicou o estudante Vinícius Amaral, responsável pelo projeto. “O sentimento é de muita satisfação. Acredito que esse trabalho agrega a favor da informação e, também, mostra a possibilidade de a área de criação de aplicativos ser para todos. Eu acho muito legal passar este conhecimento à frente”.
O Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, por sua vez, levará para a feira o projeto ‘Produção de Inseticida a partir da folha de mandioca’, realizado por Iran de Oliveira, Ayla de Souza e Diogo dos Santos, estudantes do curso técnico em Química.
Iran contou que a ideia surgiu ao observar que as formigas cortavam as plantas da horta de seu pai, com a exceção dos pés de mandiocas. “Este fato me levou a pesquisar e descobrir que as folhas das mandiocas possuem uma substância chamada Ácido Cianídrico [HCN]. Daí, pensei em produzir um inseticida que pudesse ser utilizado pelos agricultores e que não poluísse o meio ambiente. Estamos felizes pela oportunidade de apresentar o nosso trabalho em uma das maiores feiras de Ciências do Brasil. O sentimento da equipe é de gratidão e alegria por essa oportunidade”.
A professora Margarete Araújo, uma das orientadoras, comentou que “poder participar da 27ª Ciência Jovem é uma honra. Nesse evento, comtemplaremos as produções científicas de estudantes de todo o país, e nossos alunos poderão divulgar seus projetos e conhecer outros, aguçar suas curiosidades e se sentirem motivados para futuras criações”.
Os demais projetos da rede estadual que serão apresentados da 27ª Ciência Jovem são: ‘Trilha da caatinga – com a caatinga se brinca’ e ‘Kátia Krafft: a indomável vulcanóloga’, ambos do Colégio Estadual Caminho do Saber, no povoado de Bela Vista, em Cansanção, e “Mulheres na Educação: lugares ocupados nas salas de aula, na gestão e na academia”, do Colégio Estadual Cidade de Candeias, no município de Candeias. As informações são de assessoria.