Além da indústria de propagação de fake news montada por Jair Bolsonaro (Sem partido) para derrotar Fernando Haddad (PT) em 2018, o ex-presidente Lula terá que lidar ainda com a milícia virtual criada por Sergio Moro para distorcer declarações e propagar mentiras, contando ainda com a ajuda de articulistas de aluguel e da mídia liberal.
Foi o que aconteceu em relação a declaração de Lula ao El País. Moro tirou do contexto e acusou Lula de “flertar com o autoritarismo” quando comentou as últimas eleições na Nicarágua.
Segundo monitoramento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP-FGV), divulgado pelo jornalista Thomas Traumann em seu blog na Veja, 33% dos ataques ao ex-presidente vieram da milícia virtual de Moro, superando a horda bolsonarista nas redes, responsável por 29% dos ataques.
O tema foi impulsionado pela mídia liberal e por seus articulistas, gerando 62% de menções negativas a Lula contra 37% que defendiam o petista.
Reunião com milícia virtual
Um dia depois de se filiar ao Podemos, Sergio Moro se reuniu com Renato Sella, do Vem pra Rua, e Cássia Franzoi, do Patriotas pelo Brasil. O encontro ocorreu na casa da presidenta do partido, deputada Renata Abreu.
Participaram, também, o general Alberto Santos Cruz, ex-ministro de governo de Bolsonaro, que se transformou em uma espécie de conselheiro da campanha de Moro.
Os dois grupos, com quase 3 milhões de seguidores nas redes, também atuaram em favor do injustificável impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e apoiaram a Lava Jato e sua prática persecutória contra o ex-presidente Lula.
O que teria ficado definido, segundo informações da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, é que o Vem pra Rua e o Patriotas pelo Brasil apoiarão amplamente a candidatura do ex-juiz, considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nas ações contra o ex-presidente Lula. Redação da Revista Fórum.