O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu mais uma sinalização, nesta segunda-feira (29), de que pode vir a ser candidato a vice-presidente e uma chapa encabeçada por Lula (PT) na próxima eleição. A declaração foi dada durante encontro do político com dirigentes sindicalistas em São Paulo.
Alckmin está de saída do PSDB e a possibilidade de concorrer ao lado de seu antigo adversário político vem se tornando cada vez mais real. Segundo o jornal O Globo, ele foi questionado por sindicalistas sobre esse suposto acordo e respondeu: “Preparei-me novamente pra ser governador do estado. Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes. Essa hipótese [de ser vice de Lula] caminha e eu considero essa reunião com as quatro principais centrais histórica”.
O encontro com Alckmin contou com a presença de dirigentes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB).
O ex-governador deve anunciar filiação a um novo partido ainda esta semana e a legenda escolhida, segundo a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, deve ser o PSB – o que o deixaria ainda mais próximo de um acordo com o PT, visto a proximidade histórica entre os socialistas e o partido do ex-presidente Lula.
“Honrado”
No início de novembro, Alckmin já havia sinalizado que pode, sim, concorrer como vice de Lula. Segundo o quase ex-tucano, suas diferenças com o petista não são “intransponíveis”.
“Já disseram que vou ser candidato ao Senado, a governador, a vice-presidente. Vamos ouvir. Fico muito honrado da lembrança do meu nome”, declarou Alckmin. A fala se deu durante a gravação do reality show “Político”, comandado por Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo de São Paulo. Ciro Gomes (PDT) também esteve presente.
“A política tem de ser feita com civilidade, temos de resgatar a boa política, precisa ser feita com quem tem apreço pela democracia”, disse ainda Alckmin, que emendou afirmando que Lula possui essas características. Perguntado diretamente se seria candidato a vice na chapa do petista, o ex-governador declarou: “Vamos amadurecer e depois a gente vai conversar”. Segundo ele, uma decisão sobre a candidatura “não é para já”.
Márcio França, por sua vez, defendeu a aliança entre Alckmin e Lula: “Ele (Lula) precisa buscar um eleitor que não é dele, que não votou nele”. Redação da Revista Fórum.