O pré-candidato ao governo da Bahia em 2022, ACM Neto (DEM), afirmou nesta terça-feira (21) disse nesta terça-feira (21) reconhecer que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) “tem mais erros que acertos”.
Ele deu a declaração em entrevista à Rádio Metropole, ocasião em que fez um mea-culpa por ter votado no atual chefe do Planalto no segundo turno das eleições de 2018.
“No primeiro turno, eu fiquei até a última hora, como a gente gosta de falar popularmente, segurando a alça do caixão em apoio à candidatura de Geraldo Alckmin. Eu sabia que Geraldo Alckmin ia ter 4% dos votos, como teve. Mas eu fiquei até a última hora. Naquele momento, muita gente do meu partido, do meu grupo político, já tinha anunciado apoio a Bolsonaro, e eu me recusei”, respondeu o futuro secretário-geral do União Brasil, partido em gestação após fusão entre o Democratas e o PSL.
ACM Neto admite que, chegada à reta final da disputa, decidiu optar pelo ‘antipetismo’. “Chegou no segundo turno, como presidente nacional do Democratas, eu liberei o partido pra que não houvesse esse apoio formal e, aqui na Bahia, declarei voto a Bolsonaro. Porque, naquele momento era um voto anti-PT. Mas não fiz campanha. Não fiz campanha. Pois bem, declarei o meu voto e votei, como mais de 50 milhões de brasileiros fizeram a mesma coisa, na expectativa que alguma coisa diferente pudesse acontecer na política. A gente veio daquele desastre do último governo da Dilma. A gente veio de um período muito conturbado no mandato de Michel Temer, aquela fase de transição”, disse.
Assista parte da entrevista abaixo:
“Temos aqui dois caminhos: o PT, o Haddad, com quem eu até tenho boa relação. Mas ele não procurou a gente pra conversar. Ele não propôs fazer uma coisa mais ampla naquele momento. E do outro lado, Bolsonaro. Votei em Bolsonaro. Esperei, por um bom tempo, que ele pudesse acertar. Porque o sujeito, depois de eleito, quando ele senta na cadeira, o mínimo que você espera é que caia a ficha e que ele tenha noção do peso do mandato que ele exerce.”
Apesar de ter correligionários ocupando ministérios, o ex-chefe do Executivo soteropolitano diz não ter “nenhum receio de estar vinculado à A, B ou C”. “Porque os baianos me conhecem. Os soteropolitanos aqui me conhecem. Repito: Eu fui sondado pra ser ministro. Podia hoje ser ministro de pastas importantíssimas. Podia hoje está aqui decidindo pra onde iram os recurso federais na Bahia. Podia estar indicando quem eu quisesse pra indicar cargos. Eu não tenho nada disso”, declarou. Com informações do Metro1.