Abril começou com mais um reajuste de preços. O governo do presidente Jair Bolsonaro autorizou o aumento de 10,89% nos valores de todos os remédios. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (1) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão federal que calcula o reajuste uma vez por ano.
O índice de 2022 tem como base a inflação acumulada em 12 meses (março de 2021 a fevereiro de 2022) pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou em 10,54% no período. A CMED também considerou o que chamou de Fator de Ajuste de Preços Relativos entre Setores, definido pelo Ministério da Economia em 0,35%.
Da maneira como foi calculada, a alta nos valores prejudica ainda mais o consumidor. Isso porque, em anos anteriores, eram divulgados três níveis de reajuste, de acordo com o tipo de medicamento. Os preços dos genéricos, por exemplo, geralmente tinham um índice maior de aumento, devido à maior concorrência. Agora, todas as classes de medicamentos tiveram reajuste igual.
Embora a medida passe a valer a partir desta sexta, em algumas farmácias os preços ainda não subiram. O trabalhador deve sentir essa alta no bolso nos próximos dias.
“Sob a gestão Bolsonaro, está cada vez mais difícil sobreviver e fazer o salário durar até o fim do mês. Por isso, nada de esperar a eleição para trocar de presidente. A nossa luta precisa ser pra já”, disse o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano. Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos.