O prefeito de Salvador, Bruno Reis, disse nesta segunda-feira (8) que “educação não se faz em palanque ou debate”, ao comparar o avanço da capital no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) com a última colocação do estado no mesmo indicador. Salvador está entre as três capitais que mais avançaram no índice entre 2013 e 2019, enquanto a Bahia tem a pior educação no Ensino Médio. A declaração do prefeito foi dada durante inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Castro Alves, no Imbuí.
“Educação não se faz em palanque ou em debate, como ontem na televisão. Educação se faz priorizando, investindo recursos públicos. E vejam vocês que diferença. Estamos subindo e disputando as primeiras posições do Ideb no Brasil, enquanto o estado da Bahia é o pior do Brasil em Educação”, afirmou o gestor, durante a entrega do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Castro Alves, no Imbuí. “Quando a gente começar a entregar o tablet para essas crianças, vai ter um bocado de aluno querendo vir da rede estadual para a municipal”, acrescentou o prefeito, ao falar dos equipamentos que serão entregues a partir de setembro aos 116 mil estudantes da rede municipal.
Após destacar a melhoria promovida pela gestão municipal na infraestrutura da rede, com 75% das escolas já requalificadas e o compromisso de deixar a totalidade das unidades de ensino no padrão desejado até o final do mandato, Bruno propôs um “pacto” pela educação, para dar “um salto em qualidade”, e lembrou sua meta de entrar para a história como “o prefeito da educação”.
“Ano passado e esse ano, nossa rede aumentou em 20 mil novos alunos. Em nenhum momento você viu o prefeito dizendo que não tinha escola para as crianças, que não tinha condição de receber, pelo contrário”, afirmou. O gestor municipal destacou também o esforço feito em meio à pandemia para manter o investimento no setor. “Ano passado, os prefeitos não estavam obrigados a investir 25% da receita corrente líquida em educação, por causa da pandemia. Mas eu investi. E esse ano eu tenho certeza que vamos passar e muito”, apontou.
Ao exemplificar seu compromisso com a educação e o futuro das crianças soteropolitanas, Bruno lembrou a decisão de retomada das aulas presenciais na capital, muito à frente de outros gestores, inclusive do governo. “Em maio de 2021, quando decidimos voltar depois de vacinarmos os trabalhadores da Educação, muitos diziam ‘esse prefeito tá errado, esse prefeito é doido’. Eu fui o primeiro, sozinho. Ninguém voltou na Bahia. Nenhum município, nem o Estado. Mas nós voltamos. Porque eu sabia o quanto a falta da escola iria influenciar no futuro das crianças. Os dados mostram isso. Não há caminho melhor para enfrentar as drogas, o crime e a marginalidade do que a educação”, disse. As informações são de assessoria.