A ex-ministra bolsonarista e senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) pode pegar até 1 ano de prisão por não apresentar quaisquer provas de uma suposta denúncia feita durante o processo eleitoral que incluía tráfico de crianças, abuso, tortura e até estupro de bebês na Ilha do Marajó, no Pará.
Após as declarações, em outubro, o Ministério Público do Pará deu prazo para que a ex-ministra provasse as denúncias. O tempo para a explicação, no entanto, já expirou e Damares não provou nada do que falou.
A suposta denúncia foi feita por Damares em um culto com a presença de crianças em igreja evangélica em Goiás, quando afirmou que “nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”.
Sem foro, Damares deve ser investigada pela Justiça do Pará
A ex-ministra afirmou ainda que meninas e meninos comem comida pastosa “para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”. Segundo ela, o ministério que comandou teria recebido imagens com bebês de oito dias de vida sendo estuprados. E que um vídeo com este conteúdo era vendido por valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.
Em ofício, a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ/MJ), subordinada ao Ministério da Justiça, afirma que “não recebeu informações ou tem ciência sobre casos específicos de tráfico de pessoas, exploração sexual e tortura de crianças no Arquipélago do Marajó”, desmentindo Damares.
Damares pode ser penalizada se não provar as acusações, por propagação de fake news, e caso prove as denúncias, responderá por prevaricação, por ter tido ciência do crime e não ter denunciado às autoridades competentes para investigação. Caso seja condenada, a senadora eleita pode pegar de 3 meses a 1 ano de prisão. Redação da Revista Fórum com informações do portal Uol.