Dois nomes despontam na corrida interna do PT pela indicação do ministro que cuidará da Agricultura Familiar no novo governo Lula: o deputado federal reeleito Valmir Assunção (BA) e o deputado estadual Edegar Pretto (RS).
Lula pretende rever o modelo em vigor na gestão Bolsonaro de reunir no mesmo ministério o agronegócio e a agricultura familiar.
Assim, Lula deve recriar uma pasta que tratará da agricultura família, função que nos governos petistas cabia ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Na transição, o grupo temático da área sugeriu que a pasta seja chamada de Ministério da Agricultura Familiar e da Alimentação Saudável.
Os movimentos sociais ligados ao campo levaram a Lula e equipe o desejo de que o ministro seja do Nordeste.
O nome preferencial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é Valmir Assunção. O deputado é ligado ao MST e foi secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza da Bahia.
Uma alternativa do MST a um eventual veto a Assunção, diante do espaço que a Bahia já garantiu no governo (Casa Civil e Cultura), é a ex-presidente da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Coelho, natural de Pernambuco. Ela trabalhou no antigo MDA.
Já campanha a favor de Pretto destaca que ele é um dos principais nomes que PT aposta para renovar seu quadro de lideranças no Rio Grande do Sul. Pretto ficará sem mandato em 2023, pois ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo gaúcho e quase tirou o governador reeleito Eduardo Leite (PSDB) do segundo turno. O desempenho surpreendeu o próprio PT.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, Pretto também tem histórico de relação com a agricultura familiar. Ele é filho do ex-deputado Adão Pretto (PT-RS), um dos líderes dos primórdios do MST.
Ao longo dos governos petistas, o MDA foi reduto da Democracia Socialista (DS), uma das correntes que formam o PT e com forte presença sulista. A pasta teve histórico de ministros gaúchos: Miguel Rossetto, Guilherme Cassel e Pepe Vargas. As informações são do g1.