O comerciante Dailson Santana de Azevedo, mais conhecido como ‘Foguinho Produções’, procurou o Jornal da Chapada para denunciar o que chamou de ‘perseguição política’ do prefeito do município de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB). Indignado com a situação, o vendedor de bebidas diz que tem sido proibido de atuar nas festas da cidade, e que o gestor o acusa de vender drogas. Por essa razão, policiais militares e servidores da prefeitura estariam pressionando para evitar que ele participe de eventos em Andaraí.
Conforme o comerciante, Wilson Cardoso comprou um quiosque no assentamento Mucambo, na zona rural, de um rapaz que teria alugado o espaço para ele vender suas bebidas. “Ele fez isso para eu não administrar o lugar. Fiz tudo direito quando aluguei, tirei o alvará de um ano na prefeitura e disso para cá tem dois meses. Eu peguei e reformei o quiosque para poder abrir, mas o espaço foi vendido antes que eu pudesse abrir. Gastei R$ 3,9 mil na reforma e aí a prefeitura nunca me liberou uma festa. Toda vez arrumam um problema em cima da hora. Dessa vez foi isso também. Estou me sentindo humilhado. Estou indignado com isso”.
Dailson Santana ainda diz que a prefeitura vai derrubar o quiosque e que foi apresentado para ele documentos falsos, pois o Assentamento Mucambo ainda falta documentação de regularização federal. “Ele quer derrubar. Apresentou documentos dizendo que comprou o espaço. Não sei qual documento, deve ser falso. Eu acho que é falso, porque até hoje ninguém do assentamento tem documentação. Isso tudo para não deixar eu trabalhar no quiosque. Ele está de perseguição política, ele e um vereador aqui no Mucambo. É preciso denunciar”, salienta o comerciante.
‘Foguinho’ diz também que sofre de depressão e toma medicamentos para doenças nos rins e na coluna, e que precisa trabalhar para sustentar sua família. “Preciso da oportunidade de trabalhar, estão tirando meu sustento. Sou doente e tenho família para cuidar”, frisa. O comerciante gravou vídeos da situação do assentamento em Andaraí e tem usado as redes sociais para tentar uma solução, já que o diálogo não existe com a prefeitura. Nossa reportagem voltou a procurar a gestão pelos telefones disponíveis, mas ninguém nunca atende. Os espaços estão franqueados para o direito ao contraditório.
Jornal da Chapada
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