O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PP), entra no segundo mandato como uma liderança respeitada tanto pela bancada do governo, da qual faz parte, como da oposição. Em entrevista ao site Política Livre, o político disse que vai cortar pontos dos deputados estaduais que não participarem das comissões. A informação foi dada durante resposta a uma questão levantada pelo site sobre a bancada de oposição ter cobrado dele um melhor funcionamento das comissões e a votação de projetos de deputados.
“Olha, vocês acompanham a Assembleia e isso é uma queixa recorrente de anos. O que ocorre é que nossa Constituição estadual veta que a gente aprove projeto que gere despesas ao governo. E qualquer projeto interessante gera despesa, mas concordo que tem de votar. Agora, para isso as comissões, de fato, precisam funcionar, porque antes de chegar ao plenário os projetos passam por elas. Vou cobrar esse funcionamento, a presença dos deputados na comissão, e vou fazer como na Câmara Federal, que corta o ponto dos deputados que não estiverem presentes nas comissões, para ver se assim funciona. Eu faço o que os líderes decidirem a partir de suas bancadas”, salienta Adolfo.
“Por falar em funcionamento das comissões, em decisão recente a de Direitos Humanos e Segurança Pública inovou e aprovou a ‘desconvocação’ do titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner. A convocação foi irregular porque não houve respeito à proporcionalidade, mas é claro que houve falha dos membros da bancada do governo, que não se fizeram presentes na reunião em que a convocação foi aprovada”, completa Menezes.
Questionado se o secretário da SSP tem receio de ir à comissão e enfrentar as críticas da oposição na área da segurança, o presidente da Alba disse que: “Com toda a sinceridade, ele não tem. É que quando um secretário é convocado, é algo grosseiro, como se fosse obrigado a ir. O convite é outra coisa. E o secretário é muito competente, é um homem experimentado da Polícia Federal. Mesmo que não fosse, ele só tem dois meses à frente da secretaria, não pode mostrar praticamente nada”.
“Não tem problema nenhum dele ir e dizer que em dois meses não pode resolver um problema tão grave como o da segurança, que é uma questão nacional, não é só da Bahia. Veja o que aconteceu no Rio Grande do Norte recentemente. No Rio de Janeiro há bairros inteiros controlados pelo tráfico. Se mata diariamente no Brasil por causa de droga, que se espalha pelo interior, pela roça. Outro dia o governo da Bahia fez vistorias em presídios e olha a quantidade de celulares que foi apreendida. Se voltarem, encontram o dobro”, finaliza. Leia a entrevista completa aqui…