Administrado financeiramente por Pauline Pereira, prima do presidente da Câmara, Arthur Lira, o Hospital Veredas, em Maceió virou alvo de disputa e ambição política que tem refletido no bolso dos cerca de 1,4 mil funcionários da instituição filantrópica, que decretaram paralisação após ficarem sem receber ao menos quatro meses de salários, além de outros direitos.
Segundo reportagem de Carlos Madeiro, no portal Uol, a dívida trabalhista do hospital, que recebeu cerca de R$ 1 bi após o golpe contra Dilma Rousseff (PT) em 2016 – sendo R$ 287 milhões do governo federal, R$ 271 milhões do estadual e outros R$ 413 mihões da prefeitura – chega a R$ R$ 8,4 milhões.
No entanto, a entidade ligada à família Lira aponta como responsável o governo do Estado, que está nas mãos de Paulo Dantas, do MDB, que é aliado do senador Renan Calheiros. Segundo o hospital, o governo Dantas teria uma dívida de cerca de R$ 20 milhões com a entidade – R$ 8,5 milhões de serviços e notas fiscais emitidas entre o final do ano passado e junho de 2023. Por sua vez, a gestão emedebista diz que repassou R$ 60 milhões ao hospital no ano passado.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado diz que “trata-se de situação que se arrasta há anos, não sendo correto imputar problemas na gestão daquela entidade privada ao estado, ainda mais quando o governo cumpre de maneira absolutamente legal todas as suas obrigações com o Veredas”. Enquanto isso, os trabalhadores seguem com salários atrasados e em estado de greve. As informações são da Revista Fórum.