O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, nesta quinta-feira (9), declarar o forró como patrimônio imaterial brasileiro por unanimidade. A definição ocorreu em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero. A decisão, que reconhece a importância cultural e histórica do ritmo, foi celebrada por artistas, pesquisadores e amantes da música em todo o país.
O forró, originário do Nordeste brasileiro, é uma manifestação cultural que engloba música, dança e festividades tradicionais. Com raízes que remontam ao século XIX (19), o ritmo se consolidou como uma das expressões mais autênticas da cultura brasileira, conquistando fãs e adeptos em todas as regiões do país.
A inclusão do forró como Patrimônio Imaterial Brasileiro representa um marco histórico para o ritmo e suas diversas vertentes, como o forró pé de serra, o forró eletrônico e o forró universitário. Essa conquista reconhece não apenas a importância musical do gênero, mas também sua relevância social e identitária para o povo brasileiro.
Para o IPHAN, a declaração do forró como patrimônio imaterial é uma forma de preservar e valorizar essa rica tradição cultural. O reconhecimento também visa incentivar a continuidade das práticas associadas ao ritmo, bem como promover a sua difusão e o respeito às suas origens.
Diversos artistas renomados do cenário nacional se manifestaram sobre a conquista. O cantor e compositor Gilberto Gil ressaltou a importância do forró como símbolo da diversidade cultural brasileira. Já a cantora Elba Ramalho, uma das grandes representantes do ritmo, afirmou que o título é um reconhecimento merecido para um estilo musical que faz parte da história do país. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi fundamental na consolidação e disseminação do forró como patrimônio cultural.
Suas músicas expressavam a cultura nordestina e suas composições abordavam temas como a seca e a vida no sertão. Ele popularizou o forró em todo o Brasil, levando-o além do Nordeste. A declaração do forró como patrimônio cultural pelo IPHAN reconheceu sua importância na preservação da diversidade cultural brasileira e fortaleceu a identidade nordestina. O legado de Luiz Gonzaga continua a inspirar e encantar gerações, mantendo viva a tradição do forró.
Além disso, a inclusão do forró como Patrimônio Imaterial Brasileiro traz benefícios para a economia e o turismo das regiões onde o ritmo é tradicionalmente praticado. Festas juninas, arraiais e festivais de forró ganham ainda mais destaque, atraindo visitantes de todo o país e até mesmo do exterior.
Com essa importante conquista, o forró se junta a outras manifestações culturais brasileiras já reconhecidas como Patrimônio Imaterial, como o samba, o frevo e o bumba meu boi. Essa diversidade de expressões é o reflexo da riqueza cultural do Brasil e da importância de preservar e valorizar as tradições que fazem parte da identidade do povo brasileiro.
O título de Patrimônio Imaterial Brasileiro para o forró é uma vitória para todos aqueles que se dedicam a manter viva essa tradição, seja através da música, da dança ou da organização de festivais. A partir de agora, o ritmo ganha ainda mais visibilidade e reconhecimento, garantindo sua perpetuação para as futuras gerações.
O forró, com sua alegria contagiante e suas letras que retratam a vida do povo brasileiro, continua a ser uma das maiores expressões culturais do país. Agora, com o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro, o ritmo se consolida como um tesouro nacional, a ser apreciado e valorizado por todos. As informações foram dadas pela assessoria.