O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) usou suas redes sociais para repudiar a Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua casa na manhã desta quinta-feira (18/1). Jordy chamou a ação de “piada” e reclamou que foi acordado com um “fuzil no rosto”.
“Estava dormindo com minha filha e esposa e fui acordado com fuzil no rosto pela PF. Os agentes até foram bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles”, afirmou.
“Isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo uma ditadura. Eu em momento algum incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, em momento algum estive nos quartéis generais no momento em que aconteciam aqueles acampamentos”, disse Jordy em vídeo publicado no X, antigo Twitter.
Críticas a Moraes
No mesmo vídeo, Jordy criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a operação contra ele, que foi pedida pela Polícia Federal: “Nós ficamos aqui muito revoltados, indignados com tudo isso. Eu até falei pros policiais federais: antes vocês iam na casa de políticos corruptos; políticos que tinham alguma investigação por corrupção. Hoje vocês tão indo por conta de determinação de uma pessoa que se julga o dono do Brasil e que quer perseguir seus adversários”, disse o parlamentar, líder da oposição no Congresso.
A operação que envolve Jordy tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, ao todo são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio (8) e no Distrito Federal (2). A ação da PF foi antecipada pela coluna Na Mira, do Metrópoles.
Viés político
Jordy ainda acusou a operação, que foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ter um viés político, em relação às eleições municipais de 2024.
“Isso é uma piada, uma piada. O que estão fazendo é óbvio que tem o intuito de perseguir seus adversários. Também estão mirando as eleições municipais, já que eu sou pré-candidato a prefeito de Niterói. É óbvio que tem viés totalitário, intimidatório, não tem respaldo legal”, declarou. As informações são do site Metrópoles.