Em 2022, o tamanho do setor empresarial da construção civil na Bahia cresceu pelo terceiro ano seguido. O estado contava com 2.701 empresas da construção com 5 ou mais pessoas ocupadas, 7,9% a mais do que em 2021, quando o total era 2.504. Ou seja, 197 empresas passaram a atuar na Bahia, de um ano para o outro. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda assim, frente a 2015, quando o estado havia apresentado seu maior número de empresas atuando na construção (3.009), houve uma queda de 10,2%. Ou seja, 308 empresas da construção civil fecharam, em sete anos.
Com o saldo positivo, entre 2021 e 2022, a Bahia teve um leve ganho na participação no total de empresas da construção civil com 5 ou mais pessoas ocupadas no país, passando de 4,1% para 4,2%. Manteve, assim, a 7ª maior participação nacional, dentre as unidades da Federação, e a maior do Norte/Nordeste.
No Brasil, o setor empresarial da construção civil teve, entre 2021 e 2022, um crescimento de 5,6% no número de empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas, passando de 61.452 para 64.877 – mais 3.425 de um ano para o outro.
Entre 2021 e 2022, o setor empresarial da construção cresceu em 23 dos 27 estados brasileiros. Os destaques positivos foram Paraíba (+23,1%), Distrito Federal (+22,0%) e Mato Grosso (+16,8%). As maiores quedas, em termos proporcionais, ocorreram em Tocantins (-20,7%), Rondônia (-8,9%) e Roraima (-1,7%). Em 2022, na Bahia, número de trabalhadores na construção cresceu pelo 2º ano (+19,0%) e chegou a 125,3 mil, maior contingente desde 2014.
Junto ao aumento no número de empresas de construção atuantes na Bahia, em 2022, o pessoal ocupado no setor cresceu pelo segundo ano consecutivo. O total de trabalhadores nas empresas de construção com 5 ou mais pessoas ocupadas no estado passou de 105.298 em 2021 para 125.326 em 2022, com mais 20.028 pessoas ocupadas no setor em um ano (+19,0%).
A Bahia teve o segundo maior aumento absoluto no período (+20.028 trabalhadores no setor empresarial da construção), abaixo apenas do registrado em São Paulo (+47.518).
Assim, o pessoal ocupado na construção civil na Bahia chegou ao seu patamar mais alto em oito anos, desde 2014, quando 163.396 pessoas atuavam no setor, no estado. Já frente a 2013, quando as empresas da construção civil baiana empregavam 183.267 trabalhadores (maior número de trabalhadores da série histórica), 57.941 pessoas deixaram de atuar no setor, numa queda de 31,6% no período.
No Brasil, assim como a Bahia, também houve variação positiva na ocupação na construção. Em 2022, 2,095 milhões de pessoas trabalhavam nas empresas do setor, frente a 1,968 milhão em 2021 (+127.236 ou +6,5% em um ano).
Em 2021 e 2022, houve aumento do pessoal ocupado nas empresas de construção em 21 das 27 unidades da Federação. Com o crescimento, a Bahia ultrapassou o Paraná (123.579 trabalhadores) e assumiu o 4º lugar no ranking nacional de emprego no setor empresarial da construção civil. Entre 2021 e 2022, a construção civil na Bahia também teve alta nominal nos salários (+21,8%) e no valor das obras (+19,0%)
De 2021 para 2022, na Bahia, o total de salários, retiradas e outras remunerações pagas pelas empresas de construção com 5 ou mais pessoas ocupadas também cresceu pelo segundo ano consecutivo, em termos nominais – ou seja, sem descontar os efeitos da inflação.
No Brasil como um todo também houve crescimento nominal entre esses dois anos, de R$ 63,330 bilhões em 2021, para R$ 74,146 bilhões em 2022 (+17,1%). Com o aumento registrado na Bahia, a participação do estado no total de rendimentos pagos no Brasil cresceu levemente, passando de 5,2% em 2021 para 5,4% em 2022.
Em 2022, o salário médio nas empresas de construção civil com 5 ou mais pessoas ocupadas, na Bahia, era de R$ 2.462,92, ficando abaixo do nacional (R$ 2.722,38). Além do aumento no total de salários pagos, o valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção na Bahia também cresceu pelo segundo ano, em termos nominais, de R$ 18,792 bilhões em 2021 para R$ 22,367 bilhões em 2022 (+19,0%).
O Brasil como um todo também registrou alta nominal no valor das obras e serviços, de R$ 348,700 bilhões em 2021 para R$ 396,162 bilhões em 2021 (+13,6%).
Com a taxa crescimento superior à nacional, a participação da Bahia no valor gerado pelo setor empresarial da construção civil brasileiro cresceu entre os dois anos, de 5,4% em 2021 para 5,6% em 2022.
Isso fez com que o estado subisse da 6ª para a 5ª colocação no ranking nacional do valor de incorporação, obras e/ou serviços da construção civil, ultrapassando o Rio Grande do Sul (R$ 20,922 bilhões).
Em 2022, as obras de infraestrutura voltaram a ser o segmento mais representativo no valor das incorporações e obras na Bahia, respondendo por 39,7% do valor total (cerca de R$ 8,9 bilhões), frente a uma participação de 39,2% em 2021.
Já a participação da construção de edifícios caiu, de 42,1% em 2021, para 38,5% em 2022 (cerca de R$ 8,6 bilhões). Os serviços especializados para a construção representavam 21,7% do total do valor das incorporações e obras no estado (cerca de R$ 4,9 bilhões), frente a uma participação de 18,7% no ano anterior.
Em 10 anos (2013/2022), construção civil na Bahia teve aumento de salário e valor das obras, mas queda no número de empresas e de pessoal ocupado Quando se comparam os números do setor empresarial da construção civil de 2022 com os de 2013, o saldo é positivo nos salários pagos e no valor das obras, mas há recuo no número de empresas e trabalhadores.
Entre 2013 e 2022, os salários e remunerações pagas no setor empresarial da construção na Bahia passaram de R$ 3,759 bilhões para R$ 4,013 bilhões (+6,8%) e o valor das obras e serviços da construção variou nominalmente 30,2% pra cima, indo de R$ 17,184 bilhões para R$ 22,367 bilhões.
Por outro lado, o número de empresas de construção atuando no estado teve variação negativa de -0,3%, de 2.708 para 2.701 (menos 7 empresas), e o número de pessoas ocupadas no setor da construção caiu expressivos 31,6%, de 183.267 em 2013, para 125.326 em 2022 (menos 57.941 trabalhadores).
Nesse período (2013-2022), a Bahia perdeu participação em quase todos os indicadores nacionais. Passou de 4,5% para 4,2% do total de empresas; de 6,6% para 6,0% do pessoal ocupado no país; e de 5,7% para 5,4% do total de salários pagos. O valor das obras, porém, teve aumento na participação, de 5,0% para 5,6%.
Por outro lado, nessa comparação de mais longo prazo, o estado aumentou sua participação em quase todos os indicadores no Nordeste. O número de ocupados no setor avançou de 28,5% em 2013 para 30,3% do total. Os salários e outras remunerações da Bahia aumentaram sua participação de 28,9% para 32,5%, no Nordeste. E a participação no valor total das obras avançou de 25,9% para 30,8%.
O único indicador em que a Bahia teve queda de participação no Nordeste foi o número de empresas, de 28,1% em 2013 para 26,6% em 2022. Ainda assim, estado seguiu liderando em todos os indicadores na região. As informações são do site Jornal Correio.