O Ministério da Saúde anunciou um pacote de investimentos para fortalecer os serviços de hemoterapia em todo o país, com destaque para a Bahia, que receberá 11 novos equipamentos, totalizando R$ 2,2 milhões em investimentos. As cidades contempladas são Barreiras, Eunápolis, Feira de Santana, Salvador e Vitória da Conquista, que terão suas estruturas modernizadas para aprimorar a qualidade do atendimento e o processamento de sangue.
A medida faz parte de uma estratégia nacional para ampliar a capacidade de coleta e aproveitamento do plasma sanguíneo, insumo essencial para a produção de medicamentos utilizados no tratamento de hemofilia, imunodeficiências, doenças raras e em cirurgias de grande porte.
Economia de R$ 260 milhões e soberania farmacêutica
Com os novos equipamentos, o governo federal estima um aumento inicial de 30% no aproveitamento do plasma, o que representa uma economia anual de aproximadamente R$ 260 milhões com a redução da necessidade de importação de hemoderivados.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o impacto da iniciativa durante visita ao Hemorio, no Rio de Janeiro.
“Durante muito tempo, o Brasil não produzia os fatores derivados do plasma e dependia da importação, o que gerava insegurança para pacientes. As imunoglobulinas são fundamentais para diversas condições de saúde, e este é um passo muito importante para salvar vidas”, afirmou.
Equipamentos já estão sendo entregues
Os novos aparelhos fazem parte do programa Agora Tem Especialistas e contam com recursos do Novo PAC Saúde, que destinou R$ 116 milhões para modernizar 125 serviços de hemoterapia em 22 estados. A previsão é que todas as entregas sejam concluídas até o primeiro trimestre de 2026.
A ampliação da oferta de plasma beneficiará diretamente a nova fábrica da Hemobrás, inaugurada em 2025, que poderá operar em plena capacidade, processando até 500 mil litros de plasma por ano.
Avanço estratégico para o SUS
O Ministério da Saúde destaca que a ação representa um avanço para a saúde pública e para o país, ao reduzir a dependência de insumos importados e garantir maior segurança no fornecimento de medicamentos essenciais para pacientes com:
• Hemofilia
• Doenças raras
• Deficiências de coagulação
• Imunodeficiências congênitas
Com mais autonomia, o Brasil avança na construção de um sistema de saúde mais robusto, eficiente e sustentável.
Jornal da Chapada














































