As chamadas canetas emagrecedoras — medicamentos da classe GLP-1 usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade em humanos — podem estar prestes a chegar ao universo dos animais domésticos. A empresa Okava Pharmaceuticals, sediada em São Francisco (EUA), anunciou o início de um estudo piloto para avaliar um GLP-1 voltado ao tratamento da obesidade em gatos.
Segundo reportagem do The New York Times, repercutida pelo O Globo, o estudo utilizará pequenos implantes injetáveis, e não injeções semanais como ocorre em humanos. O dispositivo, um pouco maior do que um microchip, é inserido sob a pele e libera o medicamento lentamente por até seis meses.
De acordo com os pesquisadores, após esse período, o animal volta a perder peso de forma significativa.
“É como mágica”, afirmou o veterinário Chen Gilor, da Universidade da Flórida, que lidera o estudo.
Resultados previstos para 2026
A previsão é de que os resultados sejam publicados no verão norte-americano de 2026. Caso os testes sejam positivos, o avanço poderá representar uma nova etapa para os GLP-1, classe de medicamentos que revolucionou o tratamento de obesidade humana.
Especialistas afirmam que o impacto para os pets pode ser enorme.
“Acho que esta será a próxima grande novidade”, afirmou Ernie Ward, veterinário e fundador da Associação para a Prevenção da Obesidade em Animais de Estimação.
Estudo pode ser ampliado para cães
O pedido inicial à FDA — agência reguladora dos EUA — será focado na obesidade felina. No entanto, a agência também deve analisar futuras aplicações do medicamento em cães, incluindo o tratamento de obesidade, diabetes e até doença renal crônica.
Se aprovado, o novo medicamento poderá representar um marco tanto para a medicina veterinária quanto para o cuidado com animais de estimação.
Jornal da Chapada














































