Programado para começar a partir do dia 19 de agosto, 47 dias antes das eleições e ser finalizado em 2 de outubro, a três dias do pleito, a propaganda eleitoral gratuita, veiculada no rádio e na televisão deve ser um dos pontos de grande expectativa para os candidatos que irão concorrer nas chapas da majoritária e da proporcional. Na disputa pelo tempo, o vitorioso foi Rui Costa (PT). A coligação Pra Bahia Mudar Mais, além de ser a primeira a se apresentar, após sorteio do Tribunal Regional Eleitoral, terá sete minutos e 56 segundos. Na relação segue a coligação Unidos pela Bahia, encabeçada por Paulo Souto (DEM), com seis minutos e 53 segundos. Lídice da Mata (PSB) possui um minuto e 51 segundos, seguida de Marcos Mendes (PSOL) com um minuto e 11 segundos, Rogério Da Luz com um minuto de nove segundos e Renata Mallet (PSTU), com dois segundos a menos do perretebista. Na corrida para o Senado, Otto Alencar (PSD) lidera com quatro minutos, seguido de Geddel (PMDB) com três minutos e 33 segundos; Eliana Calmon (PSB) com um minuto e dois segundos; Hamilton Assis (PSOL) com 42 segundos e Adson Miranda (PEN) com 41 segundos.
Caso ocorra, segundo turno, a data limite para o começo da veiculação é no dia 11 de outubro, devendo se encerrar dois dias antes, no dia 24 de outubro. Além do horário gratuito, outro palco de visibilidade daqueles que disputam para o governo e o senado são os debates. Na Bahia, as televisões já definiram a data de realização dos encontros entre os concorrentes. Nos bastidores das campanhas políticas na Bahia é grande a expectativa para o inicio desse período, considerado por alguns como fundamentais para estabelecer o canal de comunicação direta com o eleitorado. As propagandas dos candidatos a presidente e deputado federal serão exibidas às terças e quintas-feiras e aos sábados. Os candidatos a governador, deputado estadual e senador terão a oportunidade de expor suas propostas às segundas, quartas e sextas-feiras. Para o especialista em política, Joviniano Neto, o potencial do horário não deve ser menosprezado, sendo um fator que pode ajudar principalmente os indecisos, além de um “degrau a mais na escada” da campanha. Ao contrário do que já foi apregoado, a avaliação do especialista é de que as pessoas apreciam o horário eleitoral gratuito.
“Primeiro é preciso enfrentar o mito de que a população não gosta. Se pegarmos dados, verificaremos que no inicio as pessoas vêem muito, depois diminuem e voltam a assistir mais no período mais próximo ao pleito”, afirma. A diferenciação entre os efeitos do programa para a majoritária e para a proporcional é ressaltada. “Para chapa de governador e senador se tem mais tempo e isso auxilia no voto. Grande parte do eleitorado já chega com posição, portanto é o momento de se identificar com a imagem e proposta do seu candidato. O outro dos deputados serve para elevar a autoestima dos mesmos e para que o eleitor veja que seu candidato apareceu, pois não é isso que define o voto em deputado, mas, outras articulações”, pontua. Segundo Joviniano, vale ressaltar que tem eleitores que assistem também por “curiosidade e entretenimento”. Extraído do site da Tribuna da Bahia.