O Plano Estadual de Educação teve aprovação em comissão da Assembleia Legislativa da Bahia na tarde da última terça-feira (3) após mudanças realizadas com emendas que retiraram as palavras “gênero e sexualidade” do texto. Inclusive, esses temas foram causa de tumulto e polvorosa durante a sessão entre os parlamentares desde o início e se tornou palco de provocações entre grupos liderados pelos deputados estaduais Fabíola Mansur (PSB) e Pastor Sargento Isidório (PDT), pré-candidato a prefeito de Salvador.
Após o término da discussão, a torcida favorável à integridade do texto original chamou os parlamentares de “irresponsáveis e fascistas” enquanto os contrários gritavam “a família ganhou”. A matéria deverá ser votada no plenário da Casa nesta quarta-feira (4). Para Fabíola Mansur, a remoção das palavras “gênero e sexualidade” demonstra um pensamento retrógrado entre os legisladores do país. “Infelizmente vimos o retrocesso tomando conta das casas legislativas e tentando, no estado laico, impor um cunho religioso com a égide da defesa da família. Ora, somos todos família”, bradou a socialista.
Já Isidório mostrou-se satisfeito e disse que Rui Costa sai vitorioso com a aprovação das emendas. “O governador sai ganhando porque ele não vai assinar um projeto que ‘bole’ com as famílias, que desrespeita as religiões”, palpitou. Conforme Isidório, a decisão em aprovar as emendas apresentadas partiu de um consenso entre os líderes do governo na Casa, Zé Neto (PT), e da oposição, Sandro Régis (DEM). As informações são de Bahia.ba.