O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) foi um dos parlamentares que saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indiciado junto com sua esposa Dona Marisa e outras seis pessoas, no âmbito da operação Lava Jato. De acordo com Valmir, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) não tem fundamento algum, não apresenta provas e é tudo baseado em “convicções dos procuradores, que insistem em dizer que o tríplex em Guarujá é de Lula”.
Nesta quinta-feira (15), Assunção apontou que “o golpe parlamentar só será por completo se Lula não for candidato em 2018”, e que os partidos de direita, junto com as oligarquias do país, estão imbuídos de tirar o ex-presidente do pleito presidencial, mesmo que isso custe quebrar os procedimentos democráticos.
“O que está em jogo é a consolidação do golpe, que nunca foi contra Dilma apenas, é contra uma projeto que mudou a vida das pessoas, contra o ‘Bolsa Família’, contra o ‘Minha Casa, Minha Vida’, ‘Fies’, ‘Prouni’. Contra o povo pobre deste país. E não há golpe com Lula candidato em 2018, eles sabem disso e, por isso, essa perseguição implacável ao melhor presidente que este país já teve”, frisa Assunção.
Ainda conforme Valmir, a denúncia do MPF só serviu para encobrir a cassação do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB). “Ao meu entender, só uma denúncia contra Lula para tirar Cunha dos noticiários. A derrota dele por 450 votos é um problema para o governo golpista, porque Cunha e Temer são as duas faces da mesma moeda do golpe”. Valmir está em São Paulo na reunião do Diretório Nacional do PT, onde participa, ao lado de Lula, da coletiva no início da tarde.