O lazer para o jovem que mora na Chapada Diamantina, principalmente em centros urbanos, como Seabra, tem se resumido à rodas de conversas em mesas de bar, regadas à bebida. Em contato com o Jornal da Chapada, internautas têm questionado sobre esse fato. Há casos de jovens que não gostam de bares, ou não têm dinheiro para frequentá-los, e não veem outra saída a não ser permanecer em casa.
Jovens de 17, 18 anos, por exemplo, não têm possibilidade de participar de cotidianamente de movimentos culturais, seja no teatro, na música, ou artes plásticas, e acabam influenciados pela televisão e pela internet. Em apuração feita pela nossa equipe de reportagem, apenas grupos de capoeira (que pontualmente se apresentam em praça pública) são lembrados como esse suporte essencial para formação de cidadãos que é a cultura.
Um questionamento enviado por um cidadão chapadeiro relata bem a situação. “Porque tantos barzinhos e nenhum espaço de lazer, um Centro de Cultura Regional, por exemplo. Voltado para a arte e cultura com, por exemplo, apresentações de teatro, cinema, dança e música. Ou até mesmo palestras cobrando valores simbólicos para o povo morador da região?”.
Em cidades como Lençóis, a movimentação cultural é maior, assim como no Vale do Capão (Palmeiras), na Vila de Igatu (Andaraí), Mucugê, Rio de Contas e em outros poucos municípios, que se mantêm culturalmente com eventos em homenagens aos santos padroeiros e festas dos vaqueiros. Tem ainda os festivais de músicas, mas só acontecem no segundo semestre do ano. Para enviar sugestões de cultura e divulgar o centro cultural de sua cidade, com atividades gratuitas, envie e-mail para [email protected] .
Jornal da Chapada