A prioridade das polícias Civil e Militar na repressão a roubo em ônibus já se reflete na produtividade policial. De janeiro a até a última terça-feira (18), o número de presos em flagrante cometendo este tipo de crime subiu 14%, comparando-se ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, são 32 pessoas autuadas a mais em relação a 2016.
“Esses casos não incluem os criminosos apresentados nas delegacias territoriais e na Delegacia para o Adolescente Infrator”, explica o coordenador do Grupo Especial de Repressão a Roubo em Coletivos (Gerrc), delegado José Nélis, indicando que o número de pessoas flagradas cometendo este tipo de crime deve ser ainda maior.
Outro dado em ascensão é o de adolescentes apreendidos na prática deste delito, que dobrou de um ano para outro – em 2016, 12 casos e este ano, 29. Também houve aumento no registro de armas de fogo apreendidas, que passou de 14 em 2016, para 26 em 2017. A tendência de crescimento alcançou os inquéritos policiais, em termos de instauração (194, em 2016, e 246, em 2017), e de remessa à Justiça (173, em 2016, e 234, em 2017).
O comandante da Operação Gêmeos, unidade da Polícia Militar responsável pela repressão ostensiva aos roubos em ônibus, Major Gabriel Neto, ressalta as conduções de suspeitos que portavam armas brancas e tiveram as ações frustradas pela ação rápida e de inteligência das policiais. “São inúmeros casos. Estamos fechando o cerco, com todas as unidades da PM em alerta para esta modalidade criminosa, uma das que mais assustam à população”.
Nélis e Gabriel apontam ainda a reincidência como um dos principais problemas enfrentados no combate ao roubo a coletivos. “Geralmente, o assaltante de ônibus comete vários crimes num só dia”, diz o delegado. “Ao deixar a prisão, a maioria volta imediatamente a cometer o mesmo delito”, enfatiza o major, ressaltando ambos a necessidade do endurecimento das leis que regem esta modalidade criminal. As informações são da SSP-BA.