A defesa da reforma agrária popular no país, com mais infraestrutura e tecnologia para produção de alimentos e as críticas aos cortes de investimentos no setor do governo de Michel Temer (PMDB) foram lembradas pelo vereador de Salvador e líder do PT na Câmara, Luiz Carlos Suíca. Nesta terça-feira (12), o edil participou de agenda com o governador Rui Costa (PT), na capital baiana, e destacou as agendas que tem participado no interior, junto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para Suíca, a questão é lutar para que a reforma agrária volte a tramitar. “O país vive um período de retrocessos e o MST deve ampliar as ações para combater as perdas de direitos. Trabalhadores rurais e urbanos unidos para frear as reformas propostas pelo governo federal e, principalmente, para garantir a continuidade de programas e projetos em assentamentos e acampamentos do país”.
Na Bahia, o vereador informa que a situação não é pior, porque o governo estadual tem assistido, em partes, o movimento. “Isso não é suficiente. Temer paralisou as atividades de todos os programas, reduziu os investimentos para agricultura familiar a quase zero e os governos estaduais não suportam a demanda. Atuamos com os trabalhadores terceirizados e sabemos a dificuldade que é representar o povo pobre deste país. O MST é um dos maiores produtores de alimentos e os cortes são um absurdo. O que comemos vem da produção desses produtores rurais. Temos de garantir a continuidade das ações de benefício, assistência técnica e comercialização”, salienta o petista durante a visita das obras da Linha Azul e da inauguração da praça Vila Nova de Pituaçu.
Suíca esteve em encontros regionais do MST na Chapada Diamantina, no Extremo Sul, e segue para Vitória da Conquista neste final de semana, ampliando bases políticas no interior. “Temos visitado comunidades longínquas, onde o braço do Estado, muito as vezes, não chega. É preciso retomar a democracia e voltar a rodar o governo para o povo. Isso só vai acontecer com a eleição de Lula e de uma bancada federal forte, além de reforçar a luta por políticas públicas que ainda não saíram do papel. Mas em 2018, o povo vai saber responder aos golpistas e eles terão uma nova derrota nas urnas, como deve ser o enfrentamento político”.