Um caso envolvendo pedofilia, estupro e funcionário de uma igreja chocou a população do município de Caravelas, no extremo sul da Bahia, onde ocorreu o crime, e também todo o país. Após o coroinha, um adolescente de 13 anos, ter contraído sífilis, denunciou o funcionário da igreja de Caravelas de estupro. O homem, que foi afastado das funções na paróquia, negou a acusação e alegou ter deficiência mental.
Ele também é investigado pela Polícia Civil por outro caso de estupro. De acordo com o delegado Gilvan de Meireles Prates, titular da Delegacia de Caravelas, exames constataram que o coroinha sofreu abuso sexual, mas não foi possível apontar a autoria. Mesmo assim, apesar de o suspeito negar o crime, há indícios de que ele cometeu o estupro. Um forte indício é a confirmação, pelo suspeito de que tem sífilis.
A denúncia foi feita no dia 12 de março, depois que a sífilis foi descoberta no garoto. Segundo o delegado, a mãe do menor viu manchas no corpo do filho e a doença foi constatada depois de exames médicos. O adolescente acabou contando à mãe que foi estuprado e o caso foi denunciado à polícia. “Os exames constataram que ele foi abusado. Pelo indício de a vítima ter sífilis e o autor também, é um indício grande”, diz o delegado.
Igreja se pronuncia
O comunicado da paróquia de Teixeira de Freitas, responsável pela igreja de Caravelas, diz que o homem foi afastado assim que teve conhecimento das acusações e que ele tem deficiência mental. “Embora seja funcionário da paróquia, o mesmo possui deficiência mental comprovada através de laudo médico e é contratado nesta modalidade para suprir uma exigência legal”, diz a nota. A nota também afirma que o suspeito não é líder religioso e exercia apenas uma função de ajuda na missa, sem qualquer função de direção ou destaque.
Investigação
O delegado responsável pela investigação também confirma que o suspeito apresentou laudos que comprovam a deficiência mental, mas ele considera que, apesar do problema, ele deve ter capacidade, já que foi contratado para um cargo na igreja. Por isso, a polícia vai ouvir o responsável pela contratação do funcionário.
Conforme o depoimento do menor, os estupros ocorreram ao menos cinco vezes, desde maio de 2017. Ele contou que também foi ameaçado de morte. O adolescente está passando por acompanhamento médico e psicológico, segundo a polícia. Jornal da Chapada com informações do G1.