A cidade de Itaberaba, na Chapada Diamantina, terá a 8ª edição da Parada do Orgulho LGBT neste domingo (29). A saída está prevista para às 15h, em frente ao antigo Clube de Campo Cajazeiras e um trio fará o percurso até a Praça J. J. Seabra, com gogoboys, transformistas e demais pessoas caracterizadas. A expectativa é que 5 mil pessoas participem, dentre militantes da causa LGBT e simpatizantes. A participação é livre, e quem quiser pode se fantasiar.
Esse evento é realizado pelo Grupo Joia do Arco-íris (JAI) que tem o apoio da gestão ‘Cidade de Todos’, do prefeito Ricardo Mascarenhas (PSB), por meio das secretarias municipais de Cultura, de Ação Social e Cidadania e da Saúde, além da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT). A Parada LGBT surgiu após um grupo de amigos se organizar para militar por direitos dessa minoria. Após um ano inteiro de organização, eles decidiram criar a primeira parada.
Presidido por Leandro Oliveira Lima, Gilson Santos e Danilo de Jesus Ferreira, a instituição sem fins lucrativos, foi ao comércio e ao poder público para pedir apoio. Apesar da dificuldade natural, advinda do preconceito, eles não esmoreceram, e a Parada foi realizada. Esse grupo também organiza o ‘Dia Social’, que consiste em distribuir cestas básicas, atendimentos de beleza e saúde, com campanhas de intensificação ao combate de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), como a AIDS.
Única cidade da Chapada a possuir lei própria contra a Homofobia, Itaberaba conta com um atuante movimento dessa minoria. A Lei Municipal nº 1.236, de agosto de 2011, versa sobre o Dia Municipal Contra a Homofobia, quando são realizadas diversas atividades de combate à discriminação de gênero. O tema deste ano é ‘Parceria Civil já. Direitos iguais, nem mais nem menos’.
Em alusão à morte da vereadora carioca Marielle Franco, o grupo desenvolve esse tema, enfatizando ainda mais a importância dos Direitos Humanos para a comunidade LGBT. “Aproveitamos esse momento de dor, de impacto e de horror mesmo diante da execução de Marielle, para fazer esse clamor também por nós, homossexuais, anônimos, que sofremos isso em diversos pontos do mundo”, afirma Leandro, presidente do Grupo JAI. Jornal da Chapada com informações de assessoria.