A União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC-Brasil), afirmou em um comunicado do último dia 30 de agosto que “fará uma mobilização nacional paralisando por tempo indeterminado com o único objetivo de chamar a atenção do governo federal pelo não estabelecimento e não cumprimento da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a devida e prometida ampla divulgação dos pontos de fiscalização como prevê a Lei 13.703”. A data seria 10 dias após o comunicado, próximo sábado, dia 8 de setembro.
A entidade justifica a paralisação dizendo que a falta de fiscalização e atitudes práticas por parte do órgão governamental têm trazido enormes prejuízos aos caminhoneiros autônomos do país. “A ANTT não instituiu uma fiscalização eficaz na primeira tabela da Resolução 5.820 (que estabeleceu os preços mínimos dos fretes) e já está às voltas com outro aumento do diesel”. Uma das exigências dos caminhoneiros é a dissolução da atual diretoria da ANTT. Além disso, os transportadores também pleiteiam uma vaga por estado no conselho da agência reguladora do transporte no país.
Impactos da greve
A última greve dos caminhoneiros teve forte impacto sobre a economia brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial encolheu 11% em maio, comparativamente a abril. E em relação ao mesmo mês de 2017, a retração foi de 6,6%. As vendas no varejo se retraíram 5,1% se comparadas a abril.
A paralisação dos caminhoneiros foi um dos fatores que contribuiu para o fraco desempenho do PIB no segundo trimestre, que teve um crescimento de 0,2% em relação ao primeiro e de 1% em relação ao mesmo período de 2017. Os dois setores mais afetados pela paralisação dos caminhoneiros foram os que apresentaram maior retração: a indústria de transformação recuou 0,8%, enquanto serviços de transporte, armazenamento e correios recuaram 1,4%, ambos na variação trimestral dessazonalizada. Jornal da Chapada com informações de Revista Fórum.