Uma testemunha do acidente com o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), no qual morreram o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci, afirmou ter visto o passageiro pular da aeronave. Ela também disse que tirou o motorista do caminhão atingido pelo helicóptero de dentro do veículo. “Uma pessoa pulou do helicóptero. O piloto ficou dentro do helicóptero. A pessoa que caiu na pista era o que tinha pulado primeiro. Ele pulou na pista, caiu no chão, e o helicóptero caiu em cima dele”, disse a vendedora Leilaine Rafael da Silva, de 29 anos, no 46º Distrito Policial onde o caso foi registrado.
“Mas eu queria salvar ele. Porque o piloto não pulou, ficou dentro do helicóptero”, completou. Leilane prestou depoimento à polícia e depois falou ao G1 (veja vídeo abaixo). O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat havia participado de um evento pela manhã, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul. A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel. A aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Veja vídeos da testemunha
Leilaine contou que estava em uma moto pilotada pelo marido e seguia no sentido Cajamar, no interior de São Paulo. O casal passava ao lado do caminhão atingido pelo helicóptero. A vendedora afirmou que quebrou o vidro do caminhão com um capacete para retirar o motorista. “Eu acho que poderia ter feito mais alguma coisa e não me deixaram. Eu devia ter corrido lá e puxado ele. Só que agora que eu estou aqui e que eu já sei que não tinha mais como tirar ele de lá, porque explodiu novamente. Eu vejo que eu podia ter morrido junto com ele”, descreveu.
“Mas a minha intenção ali na hora era tirar ele de lá. Eu tinha que ter tirado ele de lá. Tinha que ter puxado para o meio da pista. O outro moço já tinha morrido.” Leilaine contou que quase foi atingida pela aeronave: “O helicóptero estava muito baixo, perto do viaduto. Se o helicóptero não tivesse caído em cima dele, ele tinha sobrevivido. Não tinha o que fazer, mas ele estava vivo”. Ela disse que teve de se afastar porque notou vazamento de combustível do caminhão. Em seguida, segundo a vendedora, o helicóptero pegou fogo.
Helicóptero não tinha autorização para fazer táxi aéreo
O helicóptero que provocou a morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto Ronaldo Quattrucci não tinha autorização para fazer o serviço de táxi aéreo. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a dona da aeronave — a RG Serviços Aéreos Especializados — não poderia fazer nenhuma atividade remunerada, a não ser de “aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo”. As informações são do site G1 e do O Globo.
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Vídeos do acidente
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