Um Boeing 737 da Ethiopian Airlines caiu na manhã deste domingo (10) pouco depois de decolar de Addis Abeba, capital da Etiópia. Segundo a companhia aérea, havia 149 passageiros e oito tripulantes a bordo do vôo que ia para Nairóbi, no Quênia. A televisão estatal da Etiópia informou que não existem sobreviventes e que o avião transportava passageiros de 33 nacionalidades. O voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, ou Debre Zeit, cerca de 50 quilômetros ao sul da capital Addis Abeba. A estimativa é que caiu minutos depois de decolar.
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, lamentou o acidente. “Em nome do governo e povo da Etiópia, gostaria de expressar as mais sentidas condolências às famílias que perderam seus entes queridos na Ethiopian Airlines Boeing 737 em um vôo regular para Nairóbi, Quênia nesta manhã”, escreveu na rede social Twitter. O site sueco de rastreamento de voos Flightradar24 destacou que o aparelho apresentava uma “velocidade vertical instável” após a decolagem.
A Ethiopian Airlines anunciou que enviará equipes ao local do acidente para “fazer todo o possível para ajudar nos serviços de emergência”. A companhia está montando um centro de informações sobre os passageiros e divulgou números de telefone para os quais os parentes das vítimas podem ligar.
Modelo
O Boeing 737-800 MAX é o mesmo modelo de aeronave que, em outubro do ano passado, esteve envolvido em outro acidente. Um aparelho idêntico da companhia indonésia Lion Air caiu no mar 13 minutos após partir do aeroporto de Jacarta, causando 189 mortes. O último grave acidente com um avião de passageiros da Ethiopian Airlines foi também o de um Boeing 737-800, que explodiu depois de levantar voo de Beirute, no Líbano, em 2010.
As 90 pessoas que seguiam a bordo morreram. A companhia aérea etíope é estatal e tem uma das maiores companhias de aviação do continente africano. Fundada em 1945, a companhia opera voos para a Europa, a América do Norte, a América do Sul, a África, o Oriente Médio e a Ásia. Desde 2011, integra a Star Alliance, uma aliança mundial de companhias aéreas.
Piloto relatou dificuldades
O piloto do avião relatou dificuldades minutos antes da queda. Ele pediu à torre de controle para retornar ao aeroporto da capital etíope, Adis Abeba. A informação foi dada pelo executivo-chefe da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam. Em entrevista coletiva, ele disse que a empresa não tinha conhecimento de nenhum problema mecânico no Boeing 737-800, adquirido há apenas quatro meses.
O presidente da companhia de aviação revelou que entre as vítimas estão: 32 quenianos, 18 canadianos e nove etíopes. O balanço traz oito chineses, oito italianos, oito americanos, sete britânicos, sete franceses, seis egípcios, cinco holandeses, quatro indianos, quatro eslovacos, três austríacos, três suecos, três russos, dois marroquinos, dois espanhóis, dois poloneses e dois israelenses.
Também viajava um cidadão dos seguintes países cada: Bélgica, Indonésia, Somália, Noruega, Sérvia, Togo, Moçambique, Ruanda, Sudão, Uganda e Iêmen. Quatro passageiros com passaportes emitidos pelas Nações Unidas ainda não tiveram as nacionalidades reveladas. Da Agência Brasil com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha, e da RTP, televisão pública de Portugal.