Alguns condutores de visitantes e brigadistas voluntários de Mucugê procuraram o Jornal da Chapada para reclamar da possível extinção de suas atividades. Segundo eles, o projeto de sinalizar pontos turísticos ao longo da BA-142 e BA-245 vai acabar com sua profissão e trazer outros problemas aos locais de visitação. Embora a proposta seja vista como importante para os turistas, a medida tem preocupado os guias.
A proposta foi feita na última segunda-feira (25), através de um ofício do deputado estadual Eduardo Salles (PP) ao secretário estadual de Turismo, Fausto de Abreu Franco (veja aqui). O documento pede sinalizações nas Cachoeiras da Fumacinha, do Córrego da Pedra, da Andorinha, da Moça Loira, do Funil, do Cardoso, da Matinha, da Três Barras, dos Cristais, Vale do Pati, Cemitério Bizantino, projeto Sempre Viva e Museu do Garimpo.
Tecnicamente esse ato ajudaria os turistas a não se perderem e saberem como chegar aos atrativos, mas tem seus contras, conforme os guias. “O negativo é a depredação dos pontos turísticos por parte de visitantes não tão conscientes. Além disso, com livre acesso e sem monitoramento de um guia existe o risco de acidentes que podem passar, como trombas d’água, por exemplo”, afirmou um guia que não quis ser identificado.
Para ele, esse seria o fim da carreira dos guias e brigadistas da região. “Ao meu ver, o serviço de guia não será mais preciso. Já existe aplicativo que a pessoa chega ao atrativo com GPS, mas uma vez as trilhas sinalizadas não mais será contratado os nossos serviços. E a natureza não terá mais brigadistas para lhe defender dos incêndios”, disse. Apesar do pedido, ainda não há notícias sobre a implantação das sinalizações.
Jornal da Chapada
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