Uma tia do menino Bernardo, de 1 ano e 11 meses, que está desaparecido há uma semana, viajou na madrugada desta sexta-feira (6) para a Bahia, onde um corpo de criança foi encontrado na quinta (5) na zona rural do município de Palmeiras, na Chapada Diamantina (veja aqui). Segundo parentes, ela vai fazer o reconhecimento para saber se o corpo é do sobrinho. Apesar do avançado estado de decomposição, a cadeirinha usada no carro do pai – que confessou ter assassinado o filho e “jogado o corpo na beira da estrada”–, as roupas e um colar de âmbar que Bernardo usava no pescoço, indicam que pode ser o menino, diz a família.
Bernardo desapareceu na última sexta-feira (29), depois que o pai, Paulo Roberto de Caldas Osório buscou a criança na cheche, na Asa Sul, em Brasília. Na última segunda-feira (2), ao ser preso, o funcionário público confessou ter assassinado o filho “por desavenças com a mãe e com a avó materna de Bernardo”. Desde então, Osório está preso na Divisão de Controle e Custódia de Presos, no DF. O corpo da criança – que segundo a família pode ser de Bernardo – foi encontrado em Palmeiras e encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica de Itaberaba.
A Polícia Civil ainda espera um exame de DNA para confirmar a identidade. Na quinta-feira, o delegado Leandro Ritt, da Delegacia de Repressão à Sequestros (DRS) da Polícia Civil do Distrito Federal disse que o pai de Bernardo poderia estar mentindo ao descrever o local onde teria deixado o corpo do filho. Ritt afirmou que, após buscas na região de Alagoinhas, os investigadores percorreriam – por terra – todo o trajeto entre Brasília e Salvador, na Bahia.
Família de Bernardo pede justiça
Na casa onde Bernardo morava com a mãe, Tatiana da Silva, parentes entraram e saíram durante toda a sexta-feira. Ao site G1, o tio e padrinho do menino, Augusto César Damiano, disse que a família quer justiça. “Não queremos ele [o pai] solto para cometer um terceiro crime”. Segundo Damiano, a família materna de Bernardo desconhecia o passado de Paulo Roberto de Caldas Osório. “A gente foi descobrir quando o menino sumiu e todo passado veio a tona, a gente não tinha noção”, disse ele.
Osório, que tem 45 anos, passou 10 anos internado na ala psiquiátrica da Penitenciária da Papuda, em Brasília, após ter assassinado a própria mãe, em 1992. O crime ocorreu quando ele tinha 18 anos, na mesma casa da 712 Sul onde o funcionário do Metrô mora e para onde levou Bernardo, na sexta-feira (29), depois de buscar o menino na creche. Na época do crime, Osório foi considerado inimputável – sem condições de responder pelo assassinato, devido ao transtorno mental. Segundo os laudos, ele tem esquizofrenia. Três anos depois de cumprir a pena, ele fez concurso para o Metrô do Distrito Federal e foi aprovado, inclusive na avaliação psicológica. As informações são de G1.
Leia também
Chapada: Corpo é encontrado em Palmeiras e polícia suspeita que seja da criança morta pelo pai no DF