Segundo matéria publicada nesta sexta-feira (29) no jornal Folha de São Paulo, o ministro da Educação Abraham Weintraub ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília. O ministro foi convocado para esclarecer as afirmações feitas em reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, cujo vídeo foi amplamente divulgado nos meios de comunicação de todo país, por decisão do ministro decano Celso de Mello.
No encontro, que chocou todo povo brasileiro devido ao linguajar chulo usado pelo Staf de Jair Bolsonaro, Weintraub diz ter ojeriza de Brasília, em referência às negociações políticas, e fez fortes críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu, por mim, botava todos esses vagabundos na cadeia, começando pelo STF”. Essa foi a fala de Weintraub.
Confira trecho de vídeo
“ODEIO O TERMO POVOS INDÍGENAS. POVOS CIGANOS. Só tem um povo (…) Só pode ter um povo” – O povo brasileiro!
Abraham Weintraub
Sabe oq me choca? Um ministro da educação q n tem educação, q é racista, xenofóbico, agressivo com as palavras e ignorante pic.twitter.com/vXh4RzZ6w0— Maykon X (@maykaoleao) May 22, 2020
Com receio de que o Ministro ficasse detido o governo federal chegou a apresentar um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal para evitar o interrogatório, mas, diante da falta de resposta ao recurso, Weintraub atendeu à determinação do ministro Alexandre de Moraes e recebeu integrantes da PF no Ministério da Educação.
Diz a narrativa da Folha que pouco antes de protocolar o habeas corpus, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que ordens absurdas não deveriam ser cumpridas, sem mencionar especificamente nenhum caso.
A ordem para que o ministro fosse ouvido partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a propagação em massa de notícias falsas e ameaças aos magistrados da suprema corte brasileira. Jornal da Chapada com informações da Folha de São Paulo.