A Polícia Civil de Goiás continua investigando a morte misteriosa do policial federal Lucas Soares Dantas Valença, conhecido como “hipster da Federal”. O foco principal é apurar a versão do atirador, de que teria tido a casa invadida pelo agente, supostamente sob efeito de um surto psicótico.
Além do enigma sobre a morte propriamente dita, um fato chamou a atenção dos fãs de Valença no Instagram, que tinha mais de 113 mil seguidores: sua última postagem, em dezembro de 2021, mostrava uma foto ao lado de Jair Bolsonaro (PL), de quem sempre foi apoiador.
Porém nesta quinta-feira (3), à tarde, a foto foi retirada da rede social, apagada por alguém que assumiu o controle da página. Bolsonaro, até o momento, não se manifestou a respeito da morte de Valença. A PF, por sua vez, afirmou que acompanha as investigações e presta todo o apoio possível.
Polícia investiga versão de invasão de casa na zina rural de GO
O policial federal Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, conhecido como o ‘hipster da Federal’, morreu em Buritinópolis, no centro de Goiás, na madrugada desta quinta-feira (3). De acordo com familiares e amigos, ele estava em surto psicótico desde o dia anterior e foi baleado pelo morador após invadir uma casa na zona rural.
Lucas Valença teria gritado do lado de fora dizendo que “havia um demônio” na residência, antes da invasão de acordo com informações da Polícia Civil. O morador foi preso por posse irregular de arma de fogo, mas pagou fiança e aguarda a conclusão da investigação em liberdade.
“Como as circunstâncias do fato indicam que o autor agiu em legítima defesa, estava dentro da sua casa e defendendo a família, optamos por continuar as investigações somente por meio de inquérito”, esclareceu o delegado Adriano Jaime, que investiga o caso.
Quem era o “hipster da Federal”, famoso pela prisão de Eduardo Cunha
Valença entrou na PF em 2014 e chegou a integrar o Comando de Operações Táticas (COT) da corporação. Antes, pertenceu à Polícia Militar do Distrito Federal.
Ele ficou famoso, no entanto, ao aparecer ao lado de Eduardo Cunha (MDB) em imagens que rodaram o Brasil. O ex-deputado foi preso no âmbito da Operação Lava Jato em 2016. Depois, o “hipster da Federal” reapareceu nas perseguições a Lázaro Barbosa, o “serial killer do Distrito Federal”.
O policial ficou famoso pelo visual de “lenhador”, barba grande e coque estilo “samurai”. Por isso, começou a ser chamado de “hipster da Federal”. Ele chegou a ir no programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, onde disse que preferia o apelido de “lenhador”. No carnaval de 2017, ele ganhou até um boneco gigante no Recife. Com informações da Revista Fórum.