Em novo boletim emitido nesta segunda-feira (23), a Associação dos Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC) informa que os brigadistas continuam na ação de rescaldo, principalmente na região da Moitinha, já que os bombeiros estavam atuando na área atingida do Morro Branco. Ambos os locais ficam dentro do município de Palmeiras, próximo ao Vale do Capão, e as chamas já são consideradas controladas. Entretanto, a linha principal do foco continua forte no sentido Rio Ancorado, nascente do Capivara e Capivari. Conforme informações da ACV-VC, o fogo é de tufa e avança cerca de 10 passos por dia.
“Estamos realizando o rescaldo utilizando uma moto-bomba cedida pelo ICMBIo. A operação com a moto-bomba é mais efetiva, pois ela joga 200L/h de água. O rescaldo, além de ser uma etapa necessária para decretarmos o incêndio debelado, estamos tentando deixar o Vale sem fumaça, pois já é uma questão de saúde pública”, aponta trecho do comunicado enviado à imprensa. Nesta segunda, uma pane na telefonia local deixou todos os moradores do Capão sem telefone. “Continuamos sem telefone aqui na sede e no Capão todo. Agora temos cerca de 12 brigadistas voluntários na serra”.
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Gastos e doações
No boletim emitido pelo ACV-VC, ainda há dados da prestação de contas dos gastos com as operações para combater os focos que atingiram diferentes áreas do Vale do Capão, um dos principais pontos turísticos da Chapada Diamantina. De acordo com a associação, já foram gastos em toda a operação cerca de R$ 9 mil, reunindo a compra de alimentação, bebidas e materiais de combate.
No total, foram consumidos, aproximadamente 400 quilos de comida e 1000 litros de bebidas. “Recebemos de doações, em média, uma tonelada de alimentos e bebidas que estão sendo utilizados na operação e depois serão destinados aos brigadistas que estão no combate sem poder trabalhar”.
Combate intenso
A ACV-VC ainda fez um relato dos combates e elencou que a atuação se intensificou no dia 11 de novembro e já envolveu cerca de 30 brigadistas voluntários efetivos e 100 voluntários da comunidade do Capão e da região da Chapada. “Cada brigada fica em torno 12h em combate e a nossa sede fica em alerta 24h desde o dia 11. Os brigadistas sobem a serra com 20 litros de água nas costas e tem que caminhar em torno de 3h até os focos”, aponta trecho do boletim.
Na sede da associação, ainda há água e alimentos das doações feitas de diferentes municípios. “Queremos agradecer muito a todas as doações que recebemos até agora. Foram essenciais para o trabalho dos brigadistas. Quem ainda quiser contribuir, estamos precisando de coturnos cano longo antichamas. Criamos uma conta no Paypal para quem não estiver no Brasil e quiser fazer parte dessa corrente”. Para mais informações enviar e-mail para [email protected] .
Jornal da Chapada
Confira o vídeo com imagens aéreas feitas entre os dias 17 e 20, pela Bahia Drones:
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