O combate ao fogo na Chapada Diamantina envolve diretamente os brigadistas voluntários, que atuam ininterruptamente para controlar as chamas que já destruíram mais de 30 mil hectares do Parque Nacional. E a noite é um momento onde o trabalho é intensificado para os brigadistas que tentam debelar incêndios na região. A TV Aratu foi até área de atuação dos combatentes, onde o repórter Bruno Sales acompanhou de perto, o trabalho realizado. Em vídeo publicado no canal do Youtube, a TV mostrou como é de perto a labuta das pessoas que dedicam tempo e energias para não deixar o fogo se alastrar.
A mídia nacional também mostrou dados importantes sobre as chamas que atingem a região, como a matéria do jornal Folha de S. Paulo, que considerou o incêndio um dos três piores deste século no local. “Os vales esverdeados da Chapada Diamantina, onde a mata atlântica se encontra com o cerrado e a caatinga, estão virando cinzas pela sétima vez nos últimos 15 anos. Estima-se que o fogo tenha consumido a vegetação em uma área equivalente a 30 mil campos de futebol”.
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Na matéria da Folha, o secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, diz que “do ponto de vista ambiental, é uma catástrofe”. Ainda conforme publicação, “o impacto da erosão e do assoreamento nos mananciais é a principal preocupação no médio e longo prazo, pois a região concentra nascentes dos principais rios da Bahia, inclusive o Paraguaçu, que serve 2,5 milhões de pessoas na Grande Salvador. Em rios como o das Águas Claras e o do Cercado, a mata ciliar foi destruída de uma margem à outra”.
Confira vídeo publicado no Canal do Youtube da TV Aratu:
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O periódico paulista aponta também, que os bombeiros ainda não conseguiram identificar as causas do fogo e o governo estadual acionou uma equipe de policiais de Salvador para investigar o caso. O secretário Spengler diz que existem “indícios de que alguns dos incêndios foram criminosos”.
A região não tem estrutura específica para investigação de crimes ambientais. A unidade dos bombeiros especializada no combate a incêndios ambientais, inaugurada em 2014, não tem pessoal nem equipamentos adequados. “A estrutura fixa que temos hoje não é a ideal. Mas o mais importante é que as ações sejam rápidas e coordenadas nos casos de emergência”, afirma o secretário à Folha.
A atual estrutura de apoio conta com 11 aeronaves e uma centena de bombeiros. Mas são os voluntários, que passam as noites na mata apagando o fogo, que costumam ir aos pontos mais isolados. Jornal da Chapada com informações da Folha de S. Paulo.
Confira imagens dos incêndios na Chapada:
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