As análises laboratoriais, realizadas em amostras de parte dos vestígios arqueológicos encontrados recentemente em ‘Montes Claros’, de Goiás, confirmaram que a região já concentrava atividade humana há, pelo menos, 3,5 mil anos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que toda a área já foi delimitada e está sendo preservada.
O material, composto por ósseos, porções de carvão, artefatos de pedra e cerâmica e outros, foi encontrado na atual área de cultivo de cana-de-açúcar, pertencente ao ‘Parque Industrial do Setor Elétrico de Bioenergia de Montes Claros’.
No total, 3.229 artefatos arqueológicos foram identificados e recolhidos. Eles estavam espalhados por uma área de 7.640 metros quadrados, com profundidades de até 2,5 metros em alguns pontos. No local, paredões com pinturas rupestres também foram encontrados.
As amostras do material recolhido foram enviadas para um laboratório de Miami, nos Estados Unidos, que revelou o sítio arqueológico de, ao menos, 3, 5 mil anos. As escavações evidenciaram que houve, pelo menos, dois momentos distintos: o primeiro associado à presença de grupos horticultores-ceramistas e o segundo, mais antigo, vinculado aos vestígios deixados por grupos de caçadores-coletores.
O novo sítio histórico também foi cadastrado e os artefatos desenterrados foram entregues para o Museu Histórico de Jataí (GO), instituição que apoia as pesquisas arqueológicas no Parque Industrial do Setor Elétrico de Bioenergia e habilitada para receber e manter sob sua guarda o acervo resultante. Jornal da Chapada com informações de texto base de Agência Brasil.