A tradicional Feira das Artes de Mucugê chega ao seu oitavo ano consecutivo de realização, mantendo viva a valorização da cultura popular e da produção artística local. Marcada para os dias 14 e 15 de junho, a feira acontece no Largo da Igreja de Santo Antônio, situado na Rua do Cruzeiro, no centro histórico da cidade, a partir das 16 horas. A programação diversificada contempla atrações para todas as idades e inclui música, atividades culturais e exposições.
No sábado (14), a festa começa às 16h com atividades dedicadas às crianças, seguidas pelo Coral Encanto Diamantino às 17h, DJ VirguLINUX às 17h30 e a animada Quadrilha ‘Festa na Roça’ às 18h. A noite promete muito ritmo com apresentações da Filarmônica 23 de Dezembro às 19h, do cantor Alberto Filho às 20h e da banda Cidade Liberal às 21h, garantindo o envolvimento do público com as tradições da Chapada Diamantina.
Já no domingo (15), a programação inicia às 16h com atividades infantis, seguidas pela homenagem aos mestres da cultura local às 17h, e pela participação da Filarmônica Lyra Popular de Mucugê às 17h30. Às 18h30 será exibido um mini documentário que registra a trajetória e depoimentos dos artistas e mestres das edições anteriores da feira. Encerrando a noite, apresentações musicais de Sandro Rocha às 19h, Andrezão às 20h e Ligado em Modo Baião às 21h garantem o ritmo contagiante da festa.
Além de toda a programação cultural, a feira também oferece espaço para artesãs e artesãos da região que desejam expor e comercializar seus trabalhos. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do link, reforçando o caráter colaborativo e de fortalecimento da economia criativa local.
Homenageados
Este ano, a Feira das Artes presta homenagem a duas figuras de grande relevância para a cultura e história de Mucugê. A primeira é Nélia Maria Paixão e Silva, arquiteta e urbanista nascida em Manaus, que fixou residência na Bahia desde 1952. Formada pela UFBA em 1970, Nélia atuou por 16 anos na Bahiatursa, dedicando-se a pesquisas turísticas e históricas na Chapada Diamantina. Além disso, representou o Iphan na região, contribuindo para a preservação dos sítios tombados de Lençóis, Igatu e Mucugê. Desde 2001, vive em Mucugê, onde construiu seu lar em meio à natureza no Alto das Estrelas.
O segundo homenageado é Aloísio Paraguassu, uma referência viva das tradições culturais mucugeenses. Guardião da memória e das expressões populares locais, Aloísio é responsável por resgatar e manter viva a cultura folclórica da cidade. Criador dos Bichos de Loi, que encantam o carnaval com suas cores vibrantes e ritmos autênticos, e do grupo Os Cangaceiros de Loi, que leva irreverência e identidade ao São João, ele simboliza a resistência cultural e o amor pela Chapada Diamantina.
A homenagem a essas duas personalidades reflete a importância do trabalho contínuo para preservar as raízes culturais e fortalecer a identidade da região, incentivando novas gerações a valorizar e cultivar suas tradições.
Jornal da Chapada